Portos abertos
Santa Catarina
exporta 90 mil/t
de arroz e quer mais
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Segundo maior produtor do Brasil, com cerca de 1,15 milhão de toneladas por ano em quase 150 mil hectares cultivados, Santa Catarina deu um passo importante ao fechar a venda de 90 mil toneladas de arroz em casca para a Venezuela. A Cooperativa Central Catarinense de Arroz (Brazilrice), através de uma trading, realizou o primeiro embarque internacional de arroz em casca daquele estado, com 30 mil toneladas carregadas em maio, no Porto de Imbituba.
O segundo navio partiu em julho, com mais 30 mil toneladas, e apoio de outras indústrias e produtores. Até outubro um terceiro barco será despachado. Com esta operação a cooperativa central, formada em 2012, que reúne Copagro, Cravil, Cooper Juriti, Coopersulca e Cooperja, alcança um de seus grandes objetivos.
A empresa busca maior inserção do arroz catarinense nos mercados doméstico e internacional, valorizar e promover suas marcas, reduzir custos com aquisição de insumos repassados aos produtores – e, portanto, das lavouras – e otimizar as operações e a renda gerada ao negócio e aos 10 mil produtores associados. Por meio da parceria há também vendas de arroz beneficiado ao continente africano, América do Norte e Caribe, na faixa de 10% do volume beneficiado pelas indústrias.
O envio de arroz em casca para a Venezuela soma 8% da produção catarinense. Mas a expectativa da cadeia produtiva é exportar 120 mil toneladas (base casca), totalizando 10,5% do total colhido. A meta do setor é embarcar de 100 a 150 mil toneladas para ajudar a equilibrar o mercado doméstico e estabilizar preços ao rizicultor em patamares que superem o custo de produção.
Vanir Zanatta, presidente da Cooperja, frisa que as vendas internacionais ajudam a diminuir a oferta doméstica, elevam a remuneração do arrozeiro e movimentam a cadeia produtiva. “A ideia é de que ao final deste ciclo o rizicultor receba o preço justo pelo seu trabalho e produto. Essa é a finalidade do cooperativismo”, reforça.
FIQUE DE OLHO
No final de agosto algumas regiões catarinenses, em especial o litoral norte, já serão semeadas para a safra 2018/19. Isso se deve a três fatores: disponibilidade de água para irrigação, produção com rebrote (ou soca) e oportunidade de colher antes de fevereiro e obter melhores preços na comercialização. A área ficará entre 148 e 150 mil hectares, gerando cerca de 1,1 milhão de toneladas.