Pratini alerta para risco na OMC
O assunto estará em pauta na próxima rodada da OMC, em Doha.
Entidades do setor produtivo brasileiro (CNA, OCB, Abag, Abiec, Abef, Abiove, Abipecs e Unica) entregaram um documento ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, manifestando apreensão quanto ao novo mecanismo de Salvaguardas Especiais para Países em Desenvolvimento (SSM).
O assunto estará em pauta na próxima rodada da OMC, em Doha. E pode levar as tarifas externas para índices praticados há 20 anos.
Segundo o presidente da Abiec, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, a proposta do G-33 prejudicaria as exportações brasileiras de soja, milho, arroz e carnes.
– Só para a soja, os impostos seriam triplicados.
O documento salienta que países como China, Índia, Filipinas e Indonésia, que integram o G-33, mas também o G-20, vêem o instrumento como uma forma de elevar seu grau de proteção aos produtos agrícolas.
– Estamos alertando o governo para que não avance nessas negociações, que vão de mal a pior.
Líderes do setor argumentaram ainda que discordam que as novas salvaguardas justifiquem-se por motivos de isonomia com os países desenvolvidos.
– É preferível que eles não decidam nada em Doha do que façam uma má negociação – diz Pratini, lembrando que o Brasil pode até usar seu poder de veto.