Preço da cesta básica cai no Nordeste e sobe em 11 capitais

No caso do arroz, as maiores elevações registraram-se em Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Aracaju.

A cesta básica ficou mais barata em cinco das 16 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira.

Segundo a entidade, o custo dos gêneros alimentícios de primeira necessidade recuou somente em capitais do Nordeste: Natal (-6,77%); Aracaju (-3,65%); Recife (-2,12%); João Pessoa (-1,02%) e Fortaleza (-0,53%).

Em contrapartida, registraram os maiores aumentos (superiores a 3%) as capitais Porto Alegre (R$ 213,97); São Paulo, (R$ 201,25) e Rio de Janeiro (R$ 194,27). Os menores valores foram verificados em Recife (R$ 142,07), João Pessoa (R$ 143,16) e Fortaleza (R$ 146,96).

Com o resultado de outubro, São Paulo continua sendo a segunda capital mais cara dentre as pesquisadas pelo Dieese. No mês, seu custo subiu 3,56%. Dentre os 13 produtos que compõem a cesta básica do paulistano, nove apresentaram alta em outubro: batata, tomate, feijão carioquinha, pão francês, óleo de soja, banana nanica, farinha de trigo, carne bovina de primeira e arroz agulhinha tipo 2.

Segundo o Dieese, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo necessário, em outubro, deveria corresponder a R$ 1.797,56, ou seja, 4,73 vezes o mínimo em vigor e R$ 60 a mais ao registrado em setembro. A entidade faz o cálculo com base no valor da cesta em Porto Alegre.

ACUMULADO – Entre janeiro e outubro deste ano, todas as 16 capitais acumulam alta no custo dos produtos alimentícios de primeira necessidade. As elevações mais significativas ocorreram em Vitória (15,60%), Porto Alegre (14,90%), Rio de Janeiro (13,35%) e Salvador (12,50%). As menores variações foram apuradas em Brasília (3,47%), Goiânia (6,09%), Curitiba (6,65%) e João Pessoa (6,93%).

PREÇOS – A prolongada seca em diversas regiões do país provocou aumento nos preços de vários itens que compõem a cesta básica. O feijão registrou alta em outubro em todas as capitais.

Catorze capitais apresentaram alta no preço do arroz e óleo de soja. No caso do arroz, as maiores elevações registraram-se em Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Aracaju. O óleo de soja, por sua vez, teve as maiores altas no Rio de Janeiro e Curitiba.

Carne e pão tiveram alta em 13 cidades. Para a carne, produto de maior peso na cesta básica, as maiores taxas foram apuradas em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. Com relação ao pão, os maiores aumentos foram observados em Vitória, Salvador e Belém.

O leite, que se destacou pela forte elevação em agosto e setembro, apresentou redução de preço em nove cidades. Porto Alegre, Florianópolis e Brasília tiveram as maiores quedas.

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