Preço do arroz continua em alta

De acordo com o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes), a produção anual de Rondônia dos últimos dois anos foi de 145 mil toneladas de arroz.

Essencial na mesa do brasileiro, o arroz vem sofrendo inflação em todo país. O preço do quilo deste cereal pode ultrapassar os R$ 3,00 em supermercados e mercearias de Porto Velho. A alternativa de quem não quer deixar o aumento do preço surtir tanto efeito no orçamento familiar é trocar os supermercados pelas feiras livres, que também sentiram o aumento. O motorista Carlos Martins, reclama do preço alto, mas não abre mão de ter o arroz branco na mesa todos os dias.

– É o principal na mesa – diz.

Para não prejudicar a renda da família, a dica dele é trocar de marca.

– Tem que escolher uma marca de 2ª ou 3ª qualidade, assim como quando o feijão ficou mais caro, muita gente trocou para o preto – ensina.

De acordo com o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes), a produção anual do Estado dos últimos dois anos foi de 145 mil toneladas de arroz. Além de abastecer o mercado local, a produção atende mercados do Acre, Amazonas e da Bolívia. O Estado é o 12º maior produtor de arroz do país, e o 3º da região Norte, com uma área plantada de 40 mil hectares.

A estimativa da Seapes é que os preços fiquem ainda maiores nos meses de setembro e outubro. A notícia só é boa para quem investe neste mercado. Segundo o índice geral de preços, o arroz branco subiu 5,83% e o parbolizado teve alta de 3,86%. Em uma rede de supermercados visitada pela reportagem, o valor do grão era de R$ 12,27, o pacote com cinco quilos.

O preço assusta os consumidores do alimento, que representam muito para o setor. Segundo dados da Seapes, em Rondônia, o consumo per capita (por pessoa) do arroz é de quase 44 quilos por ano. A estimativa feita no ano passado pela secretaria é de que este ano sejam produzidas 147 mil toneladas, mas de acordo com o técnico da Seapes, Evaldo Lima, essa meta não deverá ser atingida. E com isso, os preços vão aumentar ainda mais.

– Quem tem arroz está guardando, esperando melhores preços – complementa.

Nas bancas

Nas feiras, a venda aumentou, mas o preço também subiu. De acordo com o feirante João Batista, que trabalha no Mercado do Quilômetro Um, nas últimas semanas tem aparecido mais gente do que o normal para comprar arroz a granel. Já o feirante Wanderley Santana, afirmou que a média diária de vendas era de 50 quilos e agora é de 40 quilos.

Na dieta

Como produto da cesta básica, o arroz é responsável por 12% das proteínas e 18% das calorias da dieta básica. No Brasil, o arroz é consumido preferencialmente nas formas branco polido, parboilizado polido e integral.

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