Preço do arroz deve disparar na bolsa

Segundo as previsões de analistas citados pela Bloomberg, o arroz deverá voltar a encarecer, depois de se ter cotado abaixo do preço dos futuros do trigo pela primeira vez em mais de dois anos.

Más condições atmosféricas na China e na Índia ameaçam reduzir as colheitas.
A China, que é a maior produtora de arroz, poderá registar uma queda de 10% na colheitas deste ano devido às chuvas torrenciais e pragas, segundo o “cngrain.com”.

Já a Índia poderá ter uma produção devido ao problema inverso: o nível de precipitação entre 1 de Junho e 28 de Julho ficou 5% abaixo da média de 50 anos.

Assim, segundo as previsões de analistas citados pela Bloomberg, o arroz deverá voltar a encarecer, depois de se ter cotado abaixo do preço dos futuros do trigo pela primeira vez em mais de dois anos.

Observando os dados relativos aos preços do arroz e do trigo nos últimos três anos, compilados pela Bloomberg, é possível perceber que a cotação do arroz ficou a desconto face ao trigo no passado dia 15 de Julho, pela primeira vez desde Março de 2008 – um mês antes de os preços terem disparado para um recorde, alargando assim o desconto.

Hoje, o arroz para entrega em Setembro segue a ceder 0,3% em Chicago, para 10,11 dólares por 100 libras-peso, ao passo que o trigo valoriza 1% para 6,34 dólares por alqueire.

Mas o “spread” entre os dois cereais pode estar a estreitar-se. “As fortes perdas na produção de arroz da China, conjugadas com uma escassez do mesmo produto na Índia, poderão despoletar uma reacção altista nos preços, pelo menos no curto prazo”, sublinhou à Bloomberg uma economista da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), Concepcion Calpe.

“Em alguns países, como o Bangladesh, que importam arroz e trigo, isto poderá levá-los a importar mais arroz”, acrescentou a mesma responsável.

Uma queda de 10% na produção de arroz da China levará a que a produção fique aquém da procura em 12,2 milhões de toneladas, quantidade mais do que suficiente para atender às necessidades da Nigéria, Irão e Coreia do Norte juntos, segundo o Departamento norte-americano da Agricultura.

6 Comentários

  • isso quer dizer que exportaremos mais arroz e o mercado interno sofrerá consequencias como por exemplo alta dos preços?

  • oba …. finalmente uma luz no fim do tunel obrigadoooooooooooo.

  • O négócio é segurar o produto para obtermos melhores preços. tdo indica que não vão conseguir manter os preços que ai estão. Tendência de alta no preço do arroz, com problemas climático na china e ìndia poderemos exportar mais,só assim diminuira a oferta no mercado interno.Os produtores certamente agregarão valores ao seu produto (arroz).

  • Exelente, nosotros exportaremos mas arroz al Brasil tambien.

  • Caro Carlos, no te olvides que o arroz de vosotros comparado al nuestro es mucho mas flaco y exportando arroz flaco para Brazil la industria local reconocerá la mejor calidad del nuestro e pagara mas para lo que esta aqui.
    >>>Era só oq faltava industrial lendo notícias no site e se passando por EXPORTADOR, hahaha… to só esperando começar a CPI prp arroz subir, até rimou.
    Haaa… a COOPLANTIO que é aliada do produtor esta conseguindo exportar por estes preços atuais do mercado internacional e praticando a tabela oficial do governo, qualquer coisa que suba em dólar já vendemos mais arroz pra COOPLANTIO.

  • Voces acreditam em papai noel. A Industria do arroz é a mais forte do Brasil, com a capacidade de armazenagem que possui só por um desastre muito grande vai perder o controle do preço do arroz.
    Enquanto o produtor não tiver armazenagem a nivel de propriedade vai ser empregado da industria.
    Hoje o que acontece? produz e entrega para a industria armazenar.
    Sabe quando o produtor vai ditar o preço? NUNCA.

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