Preço do arroz deve dobrar no mundo até 2008

Os estoques mundiais de arroz já se aproximam de sua maior baixa dos últimos 26 anos e vão continuar a cair, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.

O mundo deverá em breve pagar mais do que nunca por seu alimento mais abundante: o arroz. A safra recorde prevista para este ano será de pouca ajuda para desacelerar a alta do alimento básico de 3 bilhões de pessoas.

No momento em que a China, o maior consumidor mundial, e o Vietnã, que está entre os maiores exportadores, continuam a perder terras que eram cultivadas com o grão, o arroz deverá dobrar de preço dentro de dois anos, para quase US$ 20 por cem libras-peso (45,3 quilos), a partir dos US$ 9,90 atuais, segundo Stephan Wrobel, executivo da Diapason Commodities Management.

A Mother Earth, um fundo cujas participações em arroz subiram um ponto percentual, para 4%, durante os últimos 12 meses, teve um lucro de 23% neste ano, quase três vezes maior que a evolução do Índice de Commodities do Goldman Sachs.

– Os campos da China estão sendo transformados em terrenos para a construção de apartamentos, fábricas e rodovias – disse Roland Jansen, diretor do fundo.

A perspectiva de redução da produção ameaça elevar a inflação dos países importadores e aumentar os custos das empresas industriais. Os estoques mundiais de arroz já se aproximam de sua maior baixa dos últimos 26 anos e vão continuar a cair, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.

O volume de arroz não-comercializado neste ano mal chegará a 50% do nível do excedente de 2000, reduzindo as reservas de segurança necessárias para fazer frente a uma perda de safra. Os custos com fertilizantes e irrigação estão aumentando com os preços dos combustíveis, e os agricultores estão recorrendo a grãos de cultivo mais barato, além de frutas e verduras.

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