Preço do arroz esboça recuperação e já sobe 4,5% em dezembro

Na média do Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a saca de 50 quilos vale R$ 27,70, a maior cotação desde o dia 16 de outubro.

O mercado brasileiro de arroz vem esboçando recuperação em dezembro e já acumula valorização de 4,5% no mês. Na média do Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a saca de 50 quilos vale R$ 27,70, a maior cotação desde o dia 16 de outubro.

– Esta reação tem sustentação na paridade de importação, com o dólar se mantendo acima de R$ 1,75, e nos preços mais firmes no Mercosul – explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.

Os números de importação e exportação em novembro, divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, mostram uma maior presença compradora no mercado internacional. O mês fechou com 76,5 mil toneladas compradas e apenas 26 mil vendidas. Mesmo assim, o país segue superavitário em 86,5 mil toneladas na balança comercial.

De março a novembro deste ano, o volume exportado é de 746,5 mil toneladas (base casca), contra 650 mil do mesmo período do ano passado. Do volume vendido para o exterior neste ano comercial, 60% é de arroz beneficiado, 33% quebrado, 4% casca e 3% descascado. O maior comprador é Benin (21%), seguido por Senegal (18%), Nigéria (13%), África do Sul (11%) e Suíça (8%).

No lado das importações, o montante acumulado no atual ano comercial é de 660 mil toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 271 mil em relação as 389 mil toneladas adquiridas no mesmo período da temporada anterior.

O maior volume importado é de arroz beneficiado (58% do total), seguido pelo descascado (31%) e em casca (10%). A principal origem das aquisições neste ano comercial é o Uruguai (45%), seguido pela Argentina (36%) e Paraguai (18,5%). Estas três origens são responsáveis por 99,7% das compras realizadas pelo Brasil.

Segundo o analista, considerando o atual saldo comercial do arroz (86,5 mil toneladas), o quadro de oferta e demanda brasileiro, com estoques iniciais de 1,025 milhão de toneladas, produção de 12,7 milhões e consumo de 13,05 milhões, encerraria com estoques finais de apenas 588 mil toneladas.

– O normal é que nos últimos três meses da atual temporada o volume comprado supere o vendido no mercado internacional – frisa Bento.

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