Preço do arroz gaúcho mantém escalada por oferta escassa

O mercado apresenta um quadro de oferta bastante retraído, elevando a necessidade de importação do país.

Os preços do arroz gaúcho, principal referencial nacional, mantiveram a escalada de alta na quarta semana de junho. A saca de 50 quilos era comercializada a uma cotação média de R$ 47,27 na quinta-feira (23), ante R$ 46,70 na semana anterior. Ante igual período do mês passado, a alta era de 11,7%, quando a saca valia R$ 42,33. Na comparação com igual momento de 2015, a elevação era de 41,1%, quando a saca custava R$ 33,50.

Conforme o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, o mercado apresenta um quadro de oferta bastante retraído, elevando a necessidade de importação do país, para suprir a demanda interna.

“Contudo, vale destacar que pelo referencial da bolsa americana, os preços internos estão acima dos praticados no mercado internacional, pelas paridades de importação, pressionando os preços nacionais”, explica. Por outro lado, a escassez do produto sustenta as elevações recentes e mantém os preços nos patamares atuais. “Com a necessidade de uma presença mais agressiva de compradores brasileiros, a tendência é que os preços no Mercosul se elevem”, pondera.

Destaque para a produção de arroz em casca do Brasil, que foi estimada em 12,5 milhões de toneladas no ano comercial 2016/2017, ante 11,176 milhões do ano anterior. Tal volume representa 8,5 milhões de toneladas de arroz beneficiado. As informações são do Gain Report, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).

A área semeada foi prevista em 2,3 milhões de hectares para 2016/17, ante 2,1 milhões de hectares no ano anterior. As exportações para 2016/17 foram estimadas em 800 mil toneladas beneficiadas, ante 700 mil no ano comercial anterior. As importações foram projetadas em 600 mil toneladas beneficiadas em 2016/17, ante 900 mil no ano comercial anterior.

1 Comentário

  • Se o arroz já está escasso agora, não faz nem trinta dias que a colheita foi encerrada, imagine-se em agosto/setembro, será um Deus nos acuda atrás do produto. Para os lerdos de raciocínio que acreditam que produção Gaúcha foi o que a CONAB e o IRGA afirmam, muito em breve cairão do cavalo.
    Estamos diante de uma situação, que jamais passamos antes, produção baixíssima, produtores descapitalizados, custo de produção nas nuvens, dólar alto, extrema restrição de crédito, diante do exposto, qual o prognóstico para a safra 16/17 ? não querendo ser pessimista, arrisco dizer que SÓ DEUS SABE.!!

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