Preço do arroz pode subir mais 15% neste mês

Mas segundo Silva, os supermercados ainda não repassaram o aumento de alguns itens nas vendas de maio.
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Se os alimentos já estão caros, mais aumentos ainda estão por vir, de acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Geraldo José da Silva. Em pesquisa de preço realizada pela Apes, entre os dias 21 a 31 de maio, foi constatado uma alta de 2,38%, comparada com ao mês de abril e de 23,18% em relação a maio do ano passado, na cesta básica, que está custando R$ 62,68.

Mas segundo Silva, os supermercados ainda não repassaram o aumento de alguns itens nas vendas de maio.

– Essa remarcação deve vir agora em junho – relata.

Entre esses produtos cotados para aumentar de preço, está o arroz. “É possível que fique cerca de 10% a 15% mais caro”, prevê. O item já acumula alta de 27,78% nos últimos doze meses.

Dos 22 produtos pesquisados 12 tiveram variação positiva: açúcar (2,08%), arroz parboilizado (4,55%), arroz agulhinha (4,31%), farinha de mandioca (1,32%), margarina cremosa (2,16%), leite líquido (2,46%), macarrão (2,17%), biscoito cream cracker (3%), biscoito popular (2,88%), vinagre(3,54%), carne bovina dianteira (3,83%) e charque dianteira (10%). Seis continuaram estáveis.

Foi o caso do fubá, da margarina comum, do espaguete vitaminado, do sal refinado, do café moído e do frango congelado. Houve baixa nos preços do feijão carioca (-1,25%), óleo de soja (-1,08%), manteiga (-0,69%), leite em pó integral (-2,16%).

– O feijão teve uma ligeira queda, mas ainda está 97,10% mais caro se comprado a maio de 2007 – comenta o presidente da Apes.

Dos produtos em alta destacam-se ainda o grupo da carne, motivado pela baixa oferta do produto no mercado interno e alta no mercado internacional. A charque já conta com uma alta acumulada de 46,51% nos últimos doze meses. Já a carne dianteira ficou 27,59% mais cara nos últimos doze meses.

As despesas com a alimentação dentro do lar, que representavam 19% do gasto médio das residências, caiu para 17,8%, segundo levantamento da Associação Paulista de Supermercados. No mercado pernambucano, onde a cesta básica sofreu a maior alta do país na última pesquisarealizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o cenário não é diferente. De acordo com o presidente da Apes, os consumidores estão levando menos comida para a casa.

– Se a dona-de-casa comprava 10 quilos de feijão. Agora está comprando apenas 8. Vários itens estão sofrendo retração de consumo por conta da alta nos preços dos alimentos – afirma Silva.

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