Preço do arroz se mantém estável

O assunto foi abordado na tarde de sexta-feira em Forquilhinha, durante uma palestra sobre mercado e preço de arroz, que reuniu rizicultores de toda a região.

Os preços do arroz para a safra atual não devem atingir patamares muito superiores aos atuais, na casa dos R$ 30 a saca. Um dos motivos para a afirmação são os estoques nacionais, que estão em níveis mais altos do que se imaginava. O assunto foi abordado na tarde de sexta-feira em Forquilhinha, durante uma palestra sobre mercado e preço de arroz, que reuniu rizicultores de toda a região.

Segundo o pesquisador da Epagri, Irceu Agostini, a partir do ano 2000 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) começou a reavaliar os estoques do grão no País, e encontrou um volume considerável de arroz que até então se desconhecia. Com a reavaliação descobriu-se que o estoque presumido de 49 mil toneladas (o suficiente para um dia e meio de consumo) estocadas, na verdade era de 1,1 milhão de toneladas (equivalentes a 32 dias de consumo). Dessa maneira, caso não ocorra um aumento na procura pelo grão, os preços tendem a não subir como o previsto, caso os estoques estivessem baixos.

Agostini considera o mercado do arroz “bem comportado”, operando em forma de ciclos. Ele explica que nos últimos 35 anos, ocorreram oito ciclos de preços, sendo divididos em cinco e três anos. Em ambos os ciclos, o pico dos preços ocorre na metade do período. Seguindo essa tendência, o pico de preço do último ciclo seria em 2009. No entanto, o pesquisador afirma que não há como ter certeza que a previsão se concretizará.

– Ocorreu algo diferente nesse ciclo: a Conab fez uma revisão dos estoques e encontrou toneladas a mais de arroz – afirma.

Se o pico de preço ocorrer em 2009, o valor da saca poderia chegar, ou até ultrapassar a casa dos R$ 40. No entanto, de acordo com ele, existe uma tendência de o arroz atingir esse preço em 2010.

Colheita no Vale do Itajaí está surpreendendo

Apesar das intempéries, a safra catarinense não será tão afetada quanto se previa. Segundo Luiz Marcelino Vieira, do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Icepa), a colheita no Vale do Itajaí está surpreendendo. Devido às cheias que castigaram aquela região em novembro do ano passado, Vieira afirma que se esperava uma quebra maior na produção. Mas o controle de pragas e o poder de recuperação da planta conseguiram amenizar os prejuízos. Mesmo assim, o Estado terá uma baixa na produção desse ano. Serão 985 mil toneladas colhidas, frente a cerca de 1,2 milhão de toneladas da safra anterior.

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