Preço do arroz tem alta de até 35% na virada de abril para maio

O presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio (Asserj), Aylton Fornari, a reação do consumidor à alta dos alimentos é imediata. Com preços mais salgados, há mudanças nos hábitos alimentares das famílias.

A inflação continua alta entre os alimentos e, por conta disso, o tradicional “feijão com arroz” não é mais figurinha fácil na mesa do carioca. Em alguns supermercados do Rio, o arroz ficou 35% mais caro na virada de abril para maio, e o preço estaria longe de ceder, como mostra reportagem do Globo, nesta quinta-feira.

Em alguns estabelecimentos, o consumidor esbarra em avisos quando chega no setor de grãos: o cliente só pode levar, no máximo, dois sacos de 5kg de arroz. Segundo Genival de Souza, diretor da rede de supermercados Prezunic, os problemas vão além do arroz.

– Há uma pressão nas carnes, que até outubro podem ficar 20% mais caras. Apenas a carne de segunda registrou aumento de 50% em 60 dias – afirmou, acrescentando que há outros artigos com perspectiva de alta, como macarrão, biscoitos, leite e derivados.

Já o economista João Philippe de Orleans e Bragança, da Paraty Investimentos, ressalta que o preço da carne avançou 7,5% em 30 dias e 38,7% no ano, segundo as coletas da gestora de fundos, justamente quando o preço deveria estar caindo pelo período de safra. Para ele, mais uma previsão pessimista para os IGPs de maio: 1,5%, por causa da aceleração da alta do atacado agrícola.

Em abril, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,12%, sucedendo alta de 0,70% um mês antes . O avanço do indicador, calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência, ultrapassou bastante a mediana das expectativas dos analistas consultados pela pesquisa Focus do Banco Central (BC) mais recente , que previa acréscimo de 0,55%. Em 12 meses, o indicador ampliou-se 10,24%. É a primeira vez desde abril de 2005 que o acumulado ultrapassa os 10%. A elevação no ano chega a 3,22%.

Para FGV, inflação generalizada pode levar a novas altas de juros
Os resultados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que, mesmo continuando forte entre os alimentos, a inflação se alastra para outros segmentos. A principal pressão veio do atacado – arroz (27,78%), minério de ferro (13,48%) e adubos e fertilizantes (10,71%).

Na Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, o arroz, vendido há um mês entre R$ 36 e R$ 38, foi negociado quarta-feira entre R$ 52 e R$ 60, alta de quase 50%. Já o quilo dos cortes dianteiros da carne bovina subiu de R$ 3,20 no início do ano para os atuais R$ 4,40 (37,5% a mais).

O presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio (Asserj), Aylton Fornari, a reação do consumidor à alta dos alimentos é imediata. Com preços mais salgados, há mudanças nos hábitos alimentares das famílias.

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