Preços do arroz disparam para máximos de dois anos na Colômbia
(Por Planeta Arroz) Há falta desse produto no mercado e, segundo dados da Federação Nacional dos Arrozeiros, o quilo de arroz de primeira classe subiu mais de US$ 700 entre janeiro e maio, de US$ 2.924 para US$ 3.682.
O preço do quilo de arroz de primeira ao consumidor “subiu” para valores não vistos há dois anos, segundo a Federação Nacional dos Arrozeiros, o que se deve não só à inflação, que afetou principalmente os alimentos, mas também a uma falta deste produto no mercado.
Os números da Federação mostram que em maio o quilo de arroz premium em Neiva continuou no caminho de crescimento que começou lentamente em novembro de 2021, quando custou US$ 2.761 e no quinto mês deste ano atingiu o maior desde junho de 2020, totalizando $ 3.682.
Em apenas cinco meses, entre janeiro (US$ 2.924) e maio, o cereal chegou a mais de US$ 758.
É alarmante constatar que em meio aos altos e baixos que ocorrem mês a mês durante cada ano, o valor mais alto alcançado no mês passado não foi valorizado há dois anos, em plena pandemia de covid-19.
Durante 2021, o máximo foi de US$ 3.179, em 2020, US$ 3.826, em 2019, US$ 3.143, em 2018, US$ 2.661, em 2017, US$ 3.224, e em 2016, US$ 3.635.
Preços ao consumidor do arroz principal ($/quilograma)
Preços do arroz disparam para máximos de dois anos atrás 7 de junho 13, 2022
Fonte: As estatísticas de preços do arroz foram elaboradas pela Divisão de Pesquisa Econômica da Federação Nacional dos Produtores de Arroz – Fedearroz.
Enquanto isso, o quilo de arroz de segunda classe também subiu, passando de US$ 2.488 em janeiro para US$ 3.080 no quinto mês do ano. Por sua vez, é um custo que não é apresentado desde julho de 2020.
Isso se deve em parte à queda na produção nacional de arroz mecanizado durante o segundo semestre de 2021, quando foi de 2.117.930 toneladas de arroz em casca verde, o que se traduziu em uma redução de -6,2% em relação ao volume reportado no segundo semestre de 2020 de 2.258.926 toneladas.
Por decréscimos, Huíla teve a maior queda com -25,2 %, Meta com -15,9% ficou em segundo lugar, o resto dos departamentos produtores de cereais com -14,6% em terceiro lugar, e Tolima com -9,6% em quarto.
De acordo com dados de Dane, esta é a maior queda que o departamento teve para um segundo semestre e não foi apreciada desde que a entidade estatística a registra (ano 2000), só se aproxima do relatório do segundo semestre de 2013 quando atingiu 99.666 toneladas.
Por sua vez, a queda foi notada pelos orizicultores, no seu caso particular Dignidad Arrocera na Huíla explicou que uma grande percentagem dos produtores de cereais deixaria de plantar devido aos elevados custos de produção e aos baixos preços de compra.