Preços do arroz em casca sofrem baixas em setembro

A ameaça permanente de intervenção do governo, através de leilões dos estoques da Conab, para frear preços acima da casa dos R$ 34,00 por saco de 50 Kg, parece surtir efeito sobre o mercado, acomodando os preços em plena entressafra.

No Rio Grande do Sul, os preços do arroz em casca ao produtor acumulam uma leve baixa de 0,5% em uma semana e de 2,4% em setembro e já estão 13,6% abaixo da mesma época do ano passado, com a média atual de R$ 33,90 por saco de 50 Kg FOB, para um produto com 58% de grãos inteiros, contra R$ 34,07 por saco de 50 Kg na semana anterior. Na mesma semana do ano passado, o preço médio do arroz em casca foi de R$ 39,24 por saco de 50 Kg. A ameaça permanente de intervenção do governo, através de leilões dos estoques da Conab, para frear preços acima da casa dos R$ 34,00 por saco de 50 Kg, parece surtir efeito sobre o mercado, acomodando os preços em plena entressafra. Os preços oscilam em uma faixa estreita por um longo período. O mês de maio encerrou com a média semanal em R$ 33,66 por saco de 50 Kg, junho com R$ 34,05 por saco de 50 Kg, julho com R$ 34,75 por saco de 50 Kg e agosto com R$ 34,66 por saco de 50 Kg. Em setembro, a maior média semanal foi de R$ 34,72 por saco de 50 Kg na primeira semana do mês e a menor foi de R$ 33,90 por saco de 50 Kg da última semana.

O dólar voltou a se firmar, o que ajuda na sustentação dos preços internos, ao encarecer as importações. O dólar à vista negociado no balcão subiu pela terceira sessão consecutiva na sexta-feira (27/09), dando continuidade a um movimento iniciado na quarta-feira. No mercado à vista de balcão, o dólar fechou a semana cotado a R$ 2,2590, com ganho de 0,58%. Nos últimos três dias, o dólar acumulou alta de 2,82%. Por outro lado, o governo tem insistido em sinalizar que ofertará seus estoques cada vez que o preço superar o patamar de R$ 34,00 por saco de 50 Kg. Nos dois leilões realizados até agora, das 100 mil toneladas ofertadas, foram negociadas 77 mil toneladas. O volume e os preços de venda dos leilões parecem ter sido suficientes para esfriar o mercado. O governo ainda tem mais de 900 mil toneladas de arroz em estoques, o que garante um poder de intervenção maior do que em outros mercados, como o do trigo, por exemplo, cujos preços explodiram. O governo vendeu todo seu estoque de trigo antes do fim da entressafra do produto e as cotações atingiram R$ 1.200 a tonelada ao produtor no Paraná, em agosto passado.

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