Preços do arroz no Brasil não devem cair
O alerta é de Concepcion Calpe, autora do estudo mensal que a Organização das Nações Unidas para ricultura e Alimentação (FAO) faz sobre a situação do arroz.
A produção de arroz no Brasil e a importação do produto
continuarão crescendo no País em 2008, mas isso não será suficiente para que os preços do arroz no mercado doméstico sofram uma queda. O alerta é de Concepcion Calpe, autora do estudo mensal que a Organização das Nações Unidas para ricultura e Alimentação (FAO) faz sobre a situação do arroz.
– O problema é que os custos de produção aumentarão de forma importante e é inevitável que os preços se mantenham altos – afirmou.
Entre dezembro de 2007 e abril deste ano, os preços do arroz subiram em 76%. Para ela, a alta nos preços dos combustíveis, fertilizantes e outros fatores de produção impedem que os preços voltem aos níveis do início de 2007.
A previsão da FAO para o Brasil é de uma safra de 12 milhões de toneladas em 2008, 5,7% superior à colheita de 11,3 milhões de toneladas em 2007. Segundo a entidade, haverá uma redução na área plantada no Centro-Oeste, já que parte da terra será usada para trigo e soja, mas a produção no Sul compensará a perda de espaço.
A alta da produção brasileira, porém, não será suficiente para suprir a demanda e o País também incrementará as importações de 700 mil toneladas em 2007 para 800 mil neste ano. Os estoques também devem cair e a FAO alerta que a relação entre a oferta e a demanda continuará “apertada” no País.