Preços mundiais do arroz seguem tendência de queda
O Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz (InterArroz), elaborado por Patrício Méndez del Villar em parceria com o Projeto Arroz Brasileiro projeta preços menores no mundo com chegada da segunda safra da Ásia.
Em outubro, os preços mundiais se movimentaram novamente para baixo. A oferta de exportação é abundante e os importadores desativaram suas compras apostando em preços ainda mais baixos. Durante o último trimestre, os preços mundiais podem cair uns 10% com a chegada da nova safra principal na Ásia.
Na Tailândia, os preços de exportação tiveram uma queda significativa, atingindo o menor nível desde março de 2008. Os preços poderão baixar ainda mais se o governo demorar a reiniciar suas compras no mercado doméstico. Em outubro, o arroz beneficiado Tai 100% B marcou US$ 639/t Fob contra US$ 718/t em setembro. O quebrado A1 Super também caiu para US$ 483/t, contra US$ 598/t.
No Vietnã, com a queda dos preços externos, o governo deve abolir o imposto sobre as exportações.
As exportações estão ativas e podem até dobrar na média mensal, durante o último trimestre de 2008. Em outubro, o Viet 5% marcou uma média de US$ 481/t contra US$ 568/t em setembro.
O Viet 25% marcou US$ 385/t contra US$ 498/t. No Paquistão, os preços baixaram em média 15%. A produção de 2008 deverá crescer 20% para 5,6 milhões de toneladas. As exportações poderiam, por sua vez, exceder 3,5 milhões de toneladas.
Em outubro, o Pak 25% registrou US$ 454/t contra US$ 533/t em setembro. Na Índia, os preços do arroz aromático subiram em função da forte demanda do Irã e do Oriente Médio.
Espera-se, por outro lado, certo alívio na proibição das exportações destinadas à África Ocidental. As medidas de limitação devem, contudo, continuar a nível global até abril de 2009. Nos Estados Unidos, os preços das exportações caíram 6%, devido à baixa procura.
Na Bolsa de Chicago, os preços futuros se mantêm com tendência baixista. Em outubro, o arroz longo 2/4 caiu US$ 53/t para US$ 756/t, contra US$ 809/t em setembro.
Na África, com a queda dos preços mundiais, as importações tendem a aumentar. Atualmente, os países africanos procuram arroz barato de origem vietnamita e paquistanesa. Em 2008, as importações africanas podem alcançar 10,0 milhões de toneladas, contra 9,8 milhões de toneladas em 2007.