Prejuízo com transporte de arroz no Sul do Brasil chega a R$ 12,8 milhões sem a BR 285

Os números de cada segmento econômico ainda estão sendo agrupados, mas já dá para se ter uma estimativa do prejuízo que a falta da pavimentação da BR 285 produz ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A produção de arroz dos municípios do Extremo Sul de Santa Catarina e Vale do Araranguá foi de 495.717 toneladas de arroz, segundo relatório do IBGE. Cooperativas que atuam nessa região, estimam que 60% dessa produção é beneficiada no Vale e saem desta região entre 10 a 15 caminhões por dia, em direção ao Norte Gaúcho e Oeste Catarinense, somando entre 3.000 a 4.500 caminhões por ano, respectivamente 11,8% a 17,7% da produção do Vale do Araranguá.

Este fluxo de caminhões poderia estar movimentando a economia de municípios como Timbé do Sul, São José dos Ausentes, Bom Jesus, Vacaria….

Utilizando Turvo e Chapecó como referência para o cálculo, temos 772km (via BR101 e BR 282) ou 703km (via BR101 e BR 386).

Porém se a BR 285 Serra da Rocinha fosse pavimentada teríamos uma redução para 457km, ou seja, uma economia entre 315km e 246km por viagem. O prejuízo com escoamento do arroz sem a Serra da Rocinha pavimentada equivale a uma distância entre 1.476.000 km e 2.835.000km que são percorridos a mais (ida e volta), considerando o custo do transporte em torno de R$ 3,88/km a R$ 4,53/km temos um prejuízo entre R$ 5.726.880,00 e R$ 12.842.550,00 em custos desnecessários na logística do arroz.

O custo do km foi feito com base na informação repassada por indústrias de beneficiamento de arroz na cidade de Turvo, que pagam entre R$ 3.000,00 a R$ 3.500,00 para transportar uma carga de arroz até Chapecó num percurso de 772 Km via BR282. Foi considerado para esta estimativa econômica, caminhões bitruck com 19,5 Toneladas (650 fardos de 30kg) e 300 dias úteis por ano.

CONCLUSÕES PARCIAIS SOBRE A BR 285:

Os números de cada segmento econômico ainda estão sendo agrupados, mas já dá para se ter uma estimativa do prejuízo que a falta da pavimentação da BR 285 Serra da Rocinha causa para a economia do RS e SC e Mercosul. Até o momento foram identificados R$ 160.760.300,63 de prejuízo por ano, sendo em torno de R$ 13.396.691,72 por mês e em média R$ 440.439,18 por dia.

Também foi possível estimar que aproximadamente 330.815 veículos poderiam estar circulando e movimentando a economia de vários municípios do Vale do Araranguá e dos Campos de Cima da Serra. Estima-se que seriam aproximadamente 112.412 carros e 217.677 caminhões e 726 ônibus.

O valor para pavimentar a BR 285 Serra da Rocinha é R$ 110.000.000,00, considerando o prejuízo levantado até o momento, temos que a Serra da Rocinha se paga em 250 dias. Gaúchos, catarinenses e argentinos estão percorrendo entre 24,3 milhões de km e 28,2 milhões de km a mais por ano para se deslocarem e distribuírem seus produtos, pelo simples fato de não existir a pavimentação em 28,7km entre Timbé do Sul e São José dos Ausentes. Apenas para uma comparação, significa que gaúchos, catarinenses e argentinos estão rodando em volta da Terra, entre 607 a 704 voltas por ano, desperdiçando tempo, dinheiro e qualidade de vida junto com a família, que são as três coisas das mais importantes da vida.

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