Preparo antecipado do solo e época de semeadura favorecem o meio ambiente
A semeadura tardia causa danos ao meio ambiente, além de reduzir a produtividade, o produtor terá maior desembolso com energia elétrica ou óleo diesel para irrigar a lavoura.
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) alerta os produtores da lavoura de arroz para a importância do preparo antecipado do solo e a época de semeadura. As técnicas estão entre as principais práticas de manejo para o aumento da produtividade, além de favorecer o meio ambiente. Conforme pesquisas do Irga, a época ideal de semeadura é a mesma para todas as regiões arrozeiras.
O produtor que seguir as recomendações do Instituto quanto ao manejo integrado da lavoura de arroz terá melhores resultados e maior aproveitamento da radiação solar, promovendo assim sustentabilidade ambiental na lavoura.
Segundo o pesquisador do Irga, Carlos Mariot (foto), as estratégias adequadas garantem um bom emprego dos insumos utilizados, como adubações de base e de cobertura, menor uso de água para irrigação, redução dos custos, e colheita em condições mais favoráveis. Mariot destaca que com o preparo antecipado e a semeadura na época correta, há menor risco de ocorrência de doenças, reduzindo o uso de fungicidas.
A época preferencial de semeadura é de meados de outubro até 10 de novembro. O pesquisador afirma que semear fora da época requer altos investimentos em maquinário e mão-de-obra, tanto na etapa de semeadura quanto na colheita. Por esse motivo, é preferível que esta atividade inicie antecipadamente. O atraso do processo de cultivo compromete o rendimento de grãos.
– O preparo antecipado do solo e a melhoria das condições de drenagem das áreas de lavoura estão entre as atividades fundamentais a serem realizadas pelos produtores – ressalta Mariot.
De acordo com ele, outro fator importante é o uso adequado da água na lavoura de arroz em semeaduras no cedo e até a melhor época. Para o agrônomo, em condições normais, o solo apresenta umidade suficiente para os processos de germinação das sementes e emergência das plântulas.
– Já em épocas tardias, a partir de meados de novembro, o solo geralmente se encontra mais seco, havendo necessidade de banhos para que ocorra a germinação, e como consequência, haverá maior gasto de água – explica.
A semeadura tardia causa danos ao meio ambiente, além de reduzir a produtividade, o produtor terá maior desembolso com energia elétrica ou óleo diesel para irrigar a lavoura.
O pesquisador esclarece que em áreas de pousio, o preparo deve ser feito no verão quando há melhores condições. Já em lavouras cultivadas ano após ano, o preparo deve ser iniciado imediatamente após o término da colheita.