Presidente da Abrarroz lança nota oficial dizendo que safra é normal

Presidente da Associação Brasileira da Cadeia Produtiva do Arroz (Abrarroz)e da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) divulga nota afirmando que a safra brasileira é normal. Não há superssafra.

O presidente da Associação Brasileira da Cadeia Produtiva do Arroz (Abrarroz)e da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Artur Albuquerque, divulgou hoje nota no site da Abrarroz afirmando que não há superssafra. Leia a íntegra do texto:

A SAFRA É NORMAL

Artur Oscar Loureiro de Albuquerque

Nossa safra, virtualmente, está encerrada . Ao contrário das notícias veiculadas pelo Governo Federal, através da Conab, que preconizava uma super safra, insistíamos que teríamos uma safra normal . Maior que anterior, sem dúvida, mas nada excepcional, ao pegarmos o paradigma histórico da produção de arroz nacional.

No Norte e no Centro Oeste, tivemos chuvas em excesso, fato que comprometeu a qualidade do produto, além de prejudicar a colheita do arroz . Os números dos mais diversos estados da região mantiveram os índices habituais não permitindo que houvesse um excesso de produto.

Com o Mato Grosso do Sul e Minas Gerais não foi diferente a expectativa . No Rio Grande do Sul, contrário senso, a ausência de chuvas permitiu uma boa colheita mas nada que justifique a qualificação de super safra . Episodicamente tivemos a incidência de granizo, que no entanto, no aspecto estatístico não foi significativo .

Em Santa Catarina, terceiro maior produtor nacional, a safra, a seu final teve o trágico evento do “Catarina” que, naquele estado, ocorreu em importante área arrozeira. Já no Uruguai e na Argentina, também tivemos uma safra dentro da normalidade.

O somatório destas circunstâncias, nos leva a uma totalização na ordem de 11.500.000 T a 12.000.000 de colheita no Brasil . Ora, sabendo que consumimos algo em torno 12.500.000 T, considerando o suprimento anual do Mercosul, teremos um quadro de produção e demanda absolutamente equilibrados.

Não é por outra razão que estamos com um cenário de preço estabilizado . Exceto um episódio especulativo ocorrido em fevereiro, no início da safra do Mato Grosso, quando o arroz caiu significativamente de preço, para o produtor, no mais temos tido preços compatíveis e estáveis.

Tal estabilidade refletir-se-á de forma positiva para o consumidor . Teremos pleno abastecimento e uma estabilidade de preços, ao menos até a metade do segundo semestre . Os supermercados, que discutem conosco na reuniões da Abrarroz, poderão fazer do arroz, este ano, um exemplo de estabilidade de preços.

Contribui para este cenário o acentuado aumento de preço ocorrido nos fretes navais para a América Latina . Aumento este, acompanhado de um elevação significativa no preço do produto americano e inclusive o tailandês e o vietnamita . É possível prever que não teremos muito arroz entrando de terceiros países nesta safra . Sejam os varejistas, sejam os industriais de Santa Cruz do Rio Pardo/SP, que na safra passada invadiram o Brasil com arroz alienígena, desta vez terão de ir às compras, seja no Brasil, ou até mesmo do Mercosul. Isto também contribuirá para a estabilidade .

Como se vê, o Ano Internacional do Arroz, trará para nós motivos a mais para festejarmos!

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