Presidente da Federarroz afirma que problemas com importação de arroz estão bem encaminhados
(Por Assessoria) A Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas terá como tema central a “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma Visão de Futuro”. A 35ª edição do evento será realizada de 18 a 20 de fevereiro de 2025, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). O evento é promovido pela Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), pelo Sistema Nacional de Ensino Rural (SENAR) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o apoio do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). O anúncio foi feito nesta terça-feira (27) na 47ª Expointer no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil.
A cerimônia de anúncio destacou o impacto significativo da produção de alimentos do Rio Grande do Sul na balança comercial do Brasil, evidenciado pelo sucesso da 34ª edição do evento, que atraiu mais de 20 mil visitantes. O evento, que começou como uma celebração nacional, agora se destaca internacionalmente.
“É motivo de muito orgulho estarmos aqui celebrando essa 35ª edição. O evento, que antes era itinerante, se consolidou na região sul, assumindo uma nova dimensão e importância,” afirmou o diretor-executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clênio Pilon. O evento deste ano é especialmente significativo por destacar a evolução e os avanços na lavoura arrozeira.
“Nós estamos saindo de uma calamidade e a gente vê o impacto das recorrentes chuvas na produção de alimentos do Rio Grande do Sul,” afirmou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Waldyr Stumpf Junior. “Se não houvesse desafios, certamente não teríamos avançado tanto na produção agropecuária e na ciência”, concluiu. A expectativa é que a 35ª Abertura da Colheita siga promovendo o desenvolvimento e a inovação no setor.
Licitações
Em um cenário de incertezas para o setor arrozeiro este ano, o presidente da Federarroz, Alexandre Azevedo Velho, também compartilhou suas perspectivas sobre a atual situação do mercado e o papel do governo federal. Ele mencionou a situação crítica enfrentada pelos produtores, especialmente da região central do estado, que perderam tudo devido aos eventos climáticos severos em maio e que agora enfrentam dificuldades financeiras.
Azevedo Velho ressaltou que a crise de abastecimento inicial foi exacerbada por uma demanda inesperada, agravada por problemas logísticos nas estradas. No entanto, o diálogo com o governo permitiu uma melhor compreensão do setor e facilitou a construção conjunta de soluções. O presidente da Federarroz também destacou a importância desse diálogo para abordar questões como o custo de produção e o mercado. O governo federal justificou a compra do cereal de outros países meses atrás como forma de evitar um aumento excessivo dos preços, em consequência de possíveis problemas de oferta e distribuição do grão.
“Essa questão da importação de arroz eu penso que ela está bem encaminhada,” diz ele. A Federarroz, junto com a Câmara Setorial Nacional do Arroz, realizou estudos detalhados e levantamentos de preços que foram apresentados à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Nós mostramos, principalmente a Conab, que os preços deram uma estabilizada,” explicou.