Presidente do Irga destaca desafios e perspectivas na Abertura da Colheita do Arroz

Autarquia traz excelência técnica para a lavoura de arroz e desafios na rentabilidade do produtor. .

A Abertura da Colheita 2011 iniciou com uma série de visitações a roteiros técnicos e a vitrine tecnológica. A sessão de palestras na tarde desta quinta-feira (24) foi aberta com a apresentação do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira, no auditório A, no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Camaquã. O dirigente destacou os principais desafios e perspectivas da lavoura orizícola gaúcha no maior evento da orizicultura na América Latina. Mais de 250 pessoas, entre produtores, conselheiros, técnicos e representantes de entidades ligadas ao setor participaram do evento.

Segundo o presidente, a lavoura de arroz passa por questionamentos quanto ao futuro, ao funcionamento, aos custos e ao mercado. “Temos vários desafios aos quais temos que dar respostas. Hoje a lavoura de arroz tem excelência técnica na produção, mas tem problemas de renda e de sustentabilidade econômica para o produtor”, afirmou. Pereira destacou a capacidade do Estado como produtor, tendo o arroz como a principal cultura da Metade Sul, além de ter a maior capacidade produtiva, econômica e social. 

Entre as perspectivas, está o fortalecimento do poder do Estado no sentido de promover políticas públicas que venham dar resposta à sociedade. “Que o Irga seja executor de políticas públicas junto aos produtores”, disse. O Instituto como Governo do Estado deve levar as informações, difundir as tecnologias, o trabalho da pesquisa e da extensão, prestando serviços à cadeia produtiva.

A aprovação de um plano de cargos e salários, a elaboração de um concurso e sua execução, soluções para a política setorial e para a área técnica com o intuito de reduzir os custos da lavoura estão entre os desafios da gestão. “São desafios fortes e importantes para a lavoura”, apontou.

O comprometimento do Irga, conforme o dirigente é criar um plano de cargos e salários e promover um concurso público para nomeação de seus quadros. “Teremos o fortalecimento da instituição a partir da nomeação e capacitação dos funcionários, da melhoria da estrutura física do Irga com a construção de uma nova sede, da melhoria das estações experimentais, dos escritórios locais e, sobretudo, do fortalecimento do controle público, das relações com o Conselho Deliberativo que deve ampliar sua participação nas decisões sobre as políticas que a autarquia deverá implementar”, enfatizou.

Claudio Pereira defende que o fortalecimento do poder público vai trazer soluções ao produtor tanto na área técnica como na área administrativa. “O Irga deve trabalhar tendo em vista que não só a técnica move a lavoura. Deve-se pensar no lado de fora da porteira da propriedade: que produto estamos oferecendo para a indústria e o que o mercado quer? O que podemos melhorar”? Para isso, o presidente do Instituto explica que é necessário estudar também os usos múltiplos do arroz, as alternativas de plantio, as soluções comerciais, a política setorial e a antecipação aos fatos. Para Pereira, o Irga tem capacidade e a obrigação de melhorar todas essas condições. “As perspectivas, bem como as soluções de médio e longo prazo têm grandes desafios que passam pelo fortalecimento do “velho e jovem” Irga”, concluiu.

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