Produção de arroz cresceu 24% no Rio Grande do Sul

A safra do ano passado garantiu o melhor resultado da história. A área cultivada de arroz foi de 1,105 milhão de hectares.

A produção de arroz no Rio Grande do Sul atingiu na safra 2008/09 a 8.047.897 milhões de toneladas, ou seja, ou acréscimo de 24% em relação a safra 2006/07, quando chegou a 6.493.634, segundo informou o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A safra do ano passado garantiu o melhor resultado da história. A área cultivada de arroz foi de 1,105 milhão de hectares.

Em 2007/08, a produção do cereal no Rio Grande do Sul foi de 7.535.219. O Estado participa com 63% da produção nacional do grão. O aumento se deve ao uso correto de manejo do solo, uso de insumos e sementes de última geração e boas condições climáticas.

Nesta próxima safra, porém, em virtude das condições climáticas, do fenômeno El Niño, muitas propriedades foram atingidas pelas fortes enxurradas, o que significa dizer que haverá quebra na produção. O prejuízo dos produtores de arroz com as chuvas na região Sul é estimado em R$ 1,5 bilhão. Conforme o quinto levantamento da safra 2009/2010 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegam a 13,3% no arroz.

O volume parcial, em um comparativo com a safra 2008/2009 chega a 1,2 milhão de toneladas, com indicativo de redução de mais de 8 milhões de toneladas para 6,8 milhões de toneladas. Mesmo com o quadro desfavorável, caso o tempo se mantenha bom, a expectativa é que as condições das lavouras melhorem e que se possa qualificar um pouco em termos de produtividade.

EXPORTAÇÕES JÁ SUPERAM O RECORDE DE 2008

O volume de exportações, no acumulado de 2009, totalizou 866,3 mil toneladas, base casca, apresentando crescimento de 17,4%, sobre igual período do ano anterior. Em janeiro as exportações alcançaram 56,2 mil toneladas. O recorde alcançado de 789 mil toneladas em 2008, foi quebrado, ainda faltando um mês para o fechamento do atual ano agrícola. O faturamento, com as vendas externas, caiu 14%, considerando o mesmo período do ano anterior, de US$ 267,5 milhões, contra US$ 311,6 milhões de 2009.

O cenário internacional menos favorável, um quadro de oferta e demanda ajustado, com tendência de preços firmes no mercado interno e o câmbio desfavorável, inicialmente, inibiam qualquer posição mais otimista em relação ao montante das exportações. Entretanto, segundo o consultor de Mercado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Marco Aurélio Tavares, a organização e o foco da cadeia produtiva em exportar 10% da produção regional, a logística portuária favorável (para granéis e contêineres) que imprime um bom fator de competitividade, a fidelização ao cliente, a condição geográfica favorável em relação ao continente africano e a qualidade do produto exportado permitiram a ampliação das vendas e a manutenção do país entre os dez maiores exportadores do grão.

O arroz parboilizado cada vez mais apresenta destaque nas exportações brasileiras, representando mais de 80% das exportações do arroz beneficiado e 50% das exportações do ano, ocupando, um grande nicho mercadológico, atualmente mais competitivo que o arroz branco. O principal destino é o Continente Africano, com destaque para Nigéria, Senegal, África do Sul e Benin, que deverão importar em torno de 5 milhões em 2010, e o Brasil com possibilidades de aumentar a participação nesses mercados. A expectativa do setor é de manter as exportações em torno de 10% da produção regional em 2010, em torno de 700 mil toneladas.

Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, o "arroz do sul do Brasil" tem se destacado no cenário mundial, por sua qualidade e aceitação e por apresentar condições mercadológicas importantes, tais como: grão livre de transgênicos, boa aparência, alto teor de amilose (boa panela) e condição de re-cozimento e pelo uso de tecnologias limpas na lavoura (cultivo mínimo), obrigatoriedade de licença ambiental e estar direcionado para a sustentabilidade socioeconômica e ambiental.

As importações atingiram 68,8 mil toneladas em janeiro. No acumulado do ano totalizaram 812,4 mil toneladas, gerando ainda, superávit na balança comercial do cereal no período em destaque.

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