Produção de arroz deve ser de 8 milhões de toneladas no RS, diz Irga

Apesar de aumento na área do plantio, chuvas devem prejudicar safra. Expectativa é de preços em alta para os produtores do Rio Grande do Sul.

Apesar de um aumento de 3% na área de plantio de arroz no Rio Grande do Sul, que deve ser de 1,1 milhão de hectares ao final do ano, a produção do grão deve ser semelhante à do ano passado, de cerca de 8 milhões de toneladas. A projeção é do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), que estima uma redução na produtividade devido às inundações decorrentes das chuvas de novembro, como mostra reportagem do Campo e Lavoura, da RBS TV (confira no vídeo).

O presidente do Irga, Cláudio Pereira, explica que o plantio é feito tradicionalmente até o dia 10 de dezembro, mas este ano foi estendido em função do mau tempo. “Isto pode trazer certa redução de produtividade que nos leva a crer que no final da safra, devemos ter uma produção igual à do ano passado, em torno de 8 milhões de toneladas, o que é importante, porque garante o abastecimento do Brasil, pois o Rio Grande do Sul produz de 65 a 70% do arroz brasileiro", disse Pereira.

Com a possível redução da produtividade, a expectativa é de preços em alta para os produtores. "Hoje o arroz está em torno de R$ 38,50 na indústria. Acreditamos que o pico de menor de preço vai ser bem acima de R$ 30", estimou.

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O produtor João Augusto Rubim, de Bagé, na Região da Campanha, se programou e conseguiu semear mais cedo em outubro. Mesmo com todo o processo concluído antes das chuvas, ele também registrou perdas. Cerca de 10% da área plantada na propriedade não vai brotar por causa das inundações.

"Dos 20 anos que eu planto, este foi um dos piores anos. Choveu muito. A chuva não foi tão pesada, mas a sequência foi muito rápida, e não conseguimos fazer as áreas como queríamos. Consegui plantar do dia 6 ao 12 de outubro. Na janela de seis dias, conseguimos completar o plantio, mas tivemos uma perda de 10% por causa das inundações. Chegou a morrer o arroz", lamentou o agricultor.

1 Comentário

  • O Presidente “Biônico” do IRGA , que é Engenheiro Agrônomo, já deve estar informado de ocorrência importante de Mancha Alternária e Bruzone na fronteira oeste e Podridão do colmo em Cachoeira. Gostaria de ver os técnicos do IRGA investigando estas informações e informando o seu impacto perante a produtividade estimada no Estado.
    Abraço

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