Produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão preocupados com queda no preço do grão

Estado plantou 1,067 milhão de hectares nesta safra. Expectativa no Estado é colher oito milhões de toneladas de arroz.

O Rio Grande do Sul plantou 1,067 milhão de hectares de arroz nesta safra. Faltando alguns meses para a colheita, os produtores do Estado estão preocupados com o preço do grão, que está em queda.

Este ano o produtor Silvio Luis Florence reduziu quase pela metade a área plantada de arroz. Ele teve prejuízo na última safra, quando o preço de R$ 26,00 pela saca de 50 kg não pagou nem os custos com a produção. Agora, nos 18 hectares plantados, quer recuperar o que perdeu, mas está desanimado com o preço médio do grão.

Um levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta uma queda de quase 5% no acumulado de dezembro. Em outubro, a saca de 50kg estava valendo perto dos R$ 38,00. Agora está em R$ 35,00.

Mesmo com o valor em queda, ele ainda é maior do que o registrado no ano passado, que foi de R$ 25,00 pela saca de 50 kg.Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), essa pode ser a segunda maior safra do Estado. A expectativa é colher quase oito milhões de toneladas do grão.

16 Comentários

  • Viu aumentaram área plantada porque o preço tava bom… Não construiram silos e galpões… Não colocaram secadores… Não quiseram plantar soja nem que fosse para experimentar… Renegociaram dívidas para poder plantar mais… Estamos entrando novamente no ciclo do excesso de oferta… Associado ao arroz do Mercosul, que mais uma vez não será tributado na PIS/COFINS e as indústrias abastecidas pelos leilões… O cenário será negro no primeiro semestre… Como eu já havia comentado lá em outubro se não me engano… Não sou e nem quero ser a Mãe Dinah do arroz… Mas tudo isso tem sido previsível… Tem sido cíclico!!! Vai ser o caos vender arroz de fevereiro a maio… Vai chover industria fora do mercado para os preços caírem… Bom, o resto vocês já sabem…

  • Preocupados deveriam estar antes quando deixaram de vender a R$ 40,00 / Sc. porque o arroz iria a R$ 45,00/Sc. Como sempre, compram seus insumos na alta e vendem o seu produto na baixa. Produtores de arroz são como pregos, sempre na cabeça!!

  • O Preço SÓ VAI SUBIR NO SEGUNDO SEMESTRE, como sempre foi nos Anos anteriores…..Quem vender Arroz de Março até Julho, só vai pegar PREÇO MÍNIMO ou talvez um pouco mais…..ESTE QUADRO SÓ MUDARA, QUANDO DIMINUIREM AREA, NÃO COLOCAREM ARROZ NAS INDUSTRIAS Á DEPOSITO, SEREM DONOS DE SEU PRÓPRIO ARROZ……..FATO

  • Amigos e colegas de infortúnio, não sejam tão pessimistas, o ano apenas está começando, muita água vai passar debaixo da ponte, olhem o mercado externo, novas perspectivas estão se abrindo, o consumo interno só tende a aumentar, a produtividade de nossas lavouras não aumenta como prega o IRGA, pois as áreas plantadas são as mesmas há decadas (há execeções) e a briga com o arroz vermelho e preto é cada vez mais feroz, a resistência ao IMAZETAPIR está na lavoura da maioria dos produtores. Portanto bravos lutadores, sejam mais otimistas, aguerridos, e cravem os aceleradores dos tratores em 2.200 rpm. e mandem todos os descrentes saírem da frente.

  • O problema que eu vejo em construírem silos é a idade da maioria dos arrozeiros, pelo menos na região que planto a maioria tem mais de 55 anos (com filhos em outras profissões), e não pensam em investir mais. Plantam porque é profissão que fizeram a sua vida toda, é oque sabem fazer e nem fazem questão de aprender outra coisa. Sempre falam em parar de plantar mais por pior que esteja o mercado plantam. É estranho mas é real.

  • Caros colegas , essas previsões são apenas previsões , ao menos na nossa região da fronteira oeste não estamos tao esperançosos de um aumento de produtividade e sim de uma queda de produtividade , a poucos dias atras enfrentamos bruscas quedas de temperatura chegando a 11 graus.As lavouras semeadas no período de setembro estão sofrendo com o frio e a baixa luminosidade o que nos acarretara grande queda de produtividade e qualidade de grãos.E as lavouras semeada nos meses de novembro e dezembro também estão sofrendo com os excessos de chuvas atrasando o desenvolvimento das plantas
    Portando não vamos nos assustar com falsas noticias muitas vezes divulgadas sem uma analise mais profunda de cada região assim gerando um cenario mais realista.

  • Eu vejo um senário um pouco melhor que o ano passado em relação aos preços. Mas por outro lado muitos tiveram problemas na implantação de suas lavouras, nascimento desuniforme, tratos culturais atrasados, custo maior com aviação, sem contar que estamos num ano de El Ninho que históricamenete a produção é menor com excessão de algumas lavouras, baseado nisso e num ano de estoques baixos de arroz eu espero que tenhamos preços melhores, claro que de saída vamos ter uma queda de braço com a industria que é normal, vai forçar o que der para baixo mas com pouco arroz não vão ter como segurar por muito tempo, por isso tenho fé e esperança que é o que o agricultor mais tem vamos ter um ano mais favorável.Abraço

  • Srs. Produtores de arroz: Em quem vocês acreditam: nos números da CONAB do Brasil ou no USDA dos Estados Unidos. Segundo notícia divulgada neste site, vamos ter o menor estoque de passagem dos últimos 10 anos, suficiente para apenas 20 dias de consumo. Também no mesmo informe, teremos estoques ainda menores daqui a um ano, em janeiro de 2014. Não me surpreende nesta época notícias cuja consequência é forçar a baixa dos preços agrícolas. No caso do arroz, vamos a algumas verdades: 100.000 hectares a menos plantados, 60% da área semeada ou emergida fora de época (atrasado), dificuldade nos tratos culturais pelo excesso de chuvas em dezembro, picos de baixas temperaturas após o natal e ano novo, surtos importantes de lagartas e muito pouco sol. Por outro lado, custo de produção altíssimo. Então, vamos esperar as colheitadeiras mostrarem os números no início da colheita, para ver onde vai parar o preço do arroz em 2013! Para finalizar, informo que a minha lavoura de soja na várzea, apesar dos 293mm de chuva em dezembro, vai surpreendentemente bem!
    Abraço

  • Srs. Produtores de arroz: Em quem vocês acreditam: nos números da CONAB do Brasil ou no USDA dos Estados Unidos. Segundo notícia divulgada neste site, vamos ter o menor estoque de passagem dos últimos 10 anos, suficiente para apenas 20 dias de consumo. Também no mesmo informe, teremos estoques ainda menores daqui a um ano, em janeiro de 2014. Não me surpreende nesta época notícias cuja consequência é forçar a baixa dos preços agrícolas. No caso do arroz, vamos a algumas verdades: 100.000 hectares a menos plantados, 60% da área semeada ou emergida fora de época (atrasado), dificuldade nos tratos culturais pelo excesso de chuvas em dezembro, picos de baixas temperaturas após o natal e ano novo, surtos importantes de lagartas e muito pouco sol. Por outro lado, custo de produção altíssimo. Então, vamos esperar as colheitadeiras mostrarem os números no início da colheita, para ver onde vai parar o preço do arroz em 2013! Para finalizar, informo que a minha lavoura de soja na várzea, apesar dos 293mm de chuva em dezembro, vai surpreendentemente bem!
    Abraço

  • Me revolta que a maioria das notícias baixistas partem dos órgãos oficiais, como Ministério da Agricultura, Conab, IBGE e IRGA. O que será que estes políticos querem?

  • AMIGOS
    É so o governo parar de ofertar o arroz da CONAB que o arroz sobe de preço ainda este mes de janeiro.

    ABRAÇO

    MARCOLIN- CAMAQUÃ RS

  • Embora meu endereço esteja em Itaqui sou produtor do Município do ALEGRETE. Quem deve se preocupar mais com o preço do arroz é alguma industria que tenha que fazer média de preço do seu estoque. Nossa região da fronteira oeste é a maior produtora de arroz do estado com qualidade altíssima de grãos vem sofrendo com a instabilidade climática. Nossa produtividade irá cair muito por vários fatores que foram falta de água (seca e energia ), agora chuvas em excesso todas semanas com sombreamentos e baixas temperaturas que chegam de 2 a 3 dias por semana e por último vamos nos preparando para uma enchente em nossas várzeas. Os rios estão cheios e já vamos com mais de 200mm de chuva em 3 dias. Deste jeito a produtividade já está comprometida. Com tudo isto será que iremos ter armazéns cheios de arroz?

  • Se a lei da oferta da procura não mudou acho difícil cair o preço. O lobby da indústria vai acabar quando começarmos a colher. Arroz nascido em dezembro, fazendo herbicida e uréia em janeiro (os que conseguiram) com baixa luminosidade e agora a ameaça da enchente.

  • Produtor é sempre a mesma coisa, chora. chora mas não deixa de trocar a sua caminhonete todo o ano para mostrar para o seu vizinho que tem uma mais nova que ele e depois fica chorando as pitangas defronte as agencias do BB. Sejam empresarios como qualquer um, enfrentem a crise como qualquer um e não como poprezinhos como se dizem pedindo refinanciamento de custeio e chorando para o Heinze!!

  • Caros colegas produtores: tenho acompanhado as manifestações, algumas angustiantes, sobre o comportamento dos preços do arroz. Acredito nos argumentos dos senhores quanto ao que vamos colher, até mesmo porque estou também vivendo esta situação. E, tenho já convicão de que vamos ter uma redução na produtividade por todas as dificuldades climáticas que nos atingem. Mas quero dizer-lhes que estas informações são as mesmas que dentro de poucos dias repercutirão entre todos os analistas de mercado, porque esse tipo de informação não é privilégio nosso. Portanto, dentro desse quadro seguramente estará nas nossas mãos determinar os preços de comercialização na próxima safra. Não será a indústria, como nunca é, quem determinará o preço e sim a quantia e a forma como nós ofertaremos o nosso produto. Só temos que tomar cuidado com o “efeito de manada”, induzido por alguns colegas pessimistas que já estão falando em vender ao preço mínimo, e também com a estratégia de algumas indústrias ou compradores que, como é natural, vão tentar comprar pelo menor preço.
    Viram o comentário do Morceli da Conab de alguns dias atrás neste site? Ele faz uma análise de que o preço caiu porque o mercado em função do alto preço, aumentou a importação, o que é uma verdade. Mas ele defende que o governo venda os seus estoques e isso, tenho certeza, talvez seja o maior fator baixista. Só que esses comentários dele demonstram por outro lado que não há necessidade de o governo ter estoques de arroz, já que quando falta aqui dentro a indústria importa. Concluo mais uma vez que espero que nossas “lideranças” POR FAVOR não peçam ao governo AGF, porque já está mais do que claro que ele se volta depois sempre contra nós. Vamos nos concentrar em buscar mecanismos menos burocráticos, inteligentes e justos para exportar sempre os nossos excedentes, ao invés de ficar com os estoques apontados contra nós toda a vez que temos a oportunidade de dar uma respiradinha!

  • Não concordo que é o pessimismo que faz os preços baixarem… É a oferta mesmo… E eles caem quando a indústria se retrae… Se está chovendo muito ou não, o fato é que em março teremos colheita… E muito arroz será enviado à depósito pressionando os preços para baixo independente da produtividade média… Tem sido assim desde que me conheço por gente… Se vai cair até 27 ou 28 reais isso vai depender de vários fatores… Necessidade de fazer caixa durante a colheita… Importações do Mercosul… Interrupção dos leilões… Redução da produtividade… Quitação de CPR’s… O pessimismo é uma forma de alertar as pessoas que insistem em produzir mais quando o mercado não comporta tanta produção!!! Com relação ao amigo que fala que produtor só reclama mas tem dinheiro para trocar de camioneta todos os anos apenas gostaria de fazer uma pequena observação… Não generalize, pois conheço muitos produtores que andam em carros caindo aos pedaços porque não conseguem trocar há vários anos… Convido o sr. a ir a Itaqui e andar nas estradas que nós andamos e talvez o sr. mude de idéia… Ou sr. acha que dá para dar assistência as lavouras de fusquinha???

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