Produtores de arroz organizam marcha lenta em Portugal

Protesto visa contestar proibição de caminhões na marginal.

Os produtores de arroz da região de Alcácer do Sal prometem realizar hoje uma marcha lenta, como forma de protesto contra as restrições à circulação de camiões (caminhões) com mais de 20 toneladas na marginal da cidade.

No protesto, com início marcado para as 9.30 horas, na zona agrária de Alcácer do Sal, são esperados “mais de 60 orizicultores”, que circularão de tractor, em marcha lenta, até aos Paços do Concelho, segundo os promotores.

A marcha, seguida de concentração, é organizada pela Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS), com o apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que já “alertou” o município para a situação.

– Hoje mesmo fomos a uma reunião de Câmara. Como não nos deram qualquer resposta, dissemos-lhes que esperaríamos até sexta-feira [hoje] para saber algo. Caso contrário, partimos para o protesto – prometeu Avelino Antunes, dirigente da AADS.

A proibição da circulação de viaturas pesadas com mais de 20 toneladas na marginal foi recentemente aprovada, por unanimidade, pela Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, dado “o acréscimo de veículos pesados” naquela artéria.

A medida desagrada aos orizicultores, que se servem habitualmente dos secadores de arroz da ex-EPAC, situados na mesma via.

– A proibição põe em causa a campanha de arroz, em curso durante este mês e o próximo, já que os camiões são impedidos de transportar para ali o arroz afim de fazer a secagem – explicou à Lusa Avelino Antunes.

– Isto só revela falta de respeito para com uma actividade com um peso tão determinante na região. São os pequenos e médios agricultores, que não possuem secadores próprios, que saem mais prejudicados – concluiu.

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