Produtores e pesquisadores de arroz se reúnem com Tereza Cristina
(Com colaboração de Cristiane Betemps) Produtores e pesquisadores da área de arroz da Zona Sul gaúcha estiveram reunidos nesta semana, de maneira virtual, com a ministra da Agricultura Tereza Cristina Dias (PP/MS) e o secretário executivo do MAPA, Fernando Camargo, para discutir a evolução e a importância do fortalecimento das pesquisas em arroz. O encontro foi agendado pelo deputado federal Daniel Trzeciak Duarte (PSDB/RS).
Com a presença de empresários foi realizada uma explanação à ministra sobre a relevância do Rio Grande do Sul e da pesquisa pública em arroz para a segurança alimentar brasileira. Além de contar com uma unidade referencial para cultivos em terras baixas – arroz, soja e pecuária, entre outras alternativas estudadas, a região de Pelotas, na Zona Sul, possui o maior parque de beneficiamento de arroz do país e duas das maiores empresas de processamento da América Latina.
Segundo os dados apresentados, nos últimos 20 anos, a área de cultivo de arroz foi reduzida em 18%, enquanto que a produtividade superou um avanço de 20%, isto devido, principalmente, às pesquisas públicas.
Desta forma, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, defendeu a excelência do melhoramento genético de arroz da Embrapa em buscar cultivares com alta qualidade de grão, alta produtividade e resistência à brusone, a principal doença que atinge a cultura no país. Os temas, como sistemas de produção de grãos em terras baixas e Integração Lavoura-Pecuária (ILP), são destaques nas pesquisas da Embrapa, além do enfoque em economia de água, mitigação da produção de gases de efeito estufa, uso de bioinsumos e Manejo Integrado de Pragas (MIP).
“O material genético desenvolvido pela Embrapa evita o uso de fungicidas na fase reprodutiva da cultura, o que minimiza a presença de resíduos nos grãos”, disse o empresário Giancarlo Fagundes dos Santos Silva.
Já o representante do Sindicato Rural de Pelotas, Fernando Rechsteiner, que também representou a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), contribuiu ao dizer que as pesquisas da Embrapa são alicerces para o setor produtivo do arroz, reconhecendo os 78 anos de atuação da Estação Experimental Terras Baixas (EBT).
Ressaltou que apenas uma empresa privada trabalha em melhoramento genético de arroz no Brasil, enquanto a Embrapa e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) representam a garantia da continuidade em pesquisas públicas de qualidade.
Para o coordenador técnico da ETB, André Andres, a solicitação do Sindicado das Indústrias de Arroz de Pelotas (Sindapel) e demais instituições do setor e indústrias presentes na reunião virtual com a ministra demonstra a importância que o setor confere às pesquisas da Embrapa.