Produtores rejeitam vender arroz por R$ 23,20

Arrozeiros queriam R$ 27,00, baixaram para R$ 25,00 e já preparam um protesto nacional

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Governo Federal e representantes da cadeia produtiva do arroz não chegaram a um acordo sobre o preço do saco de 50 quilos do cereal para os contratos de opção pública. De acordo com o presidente, a União Central dos Rizicultores e vice-presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Gilmar Freitag, os produtores reivindicam R$ 27,00 e o Governo ofereceu apenas R$ 23,20 pela saca.

Hoje, às 14h, os representantes dos arrozeiros gaúchos reúnem-se na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, para planejar a participação do produtores em um protesto nacional, dia 29, em Brasília. “Nossa intenção é reunir mais de 50 mil agricultores de todo o país para uma grande manifestação em Brasília”, antecipa Freitag. Ontem, a RST 287, em Restinga Seca, teve pista fechada por aproximadamente dois mil arrozeiros gaúchos. O protesto reuniu 934 tratores. Os produtores protestaram contra a importação de arroz da Argentina e do Uruguai.

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para retirar do mercado 1,5 milhão de toneladas de arroz do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os arrozeiros ainda não sabem quanto deste montante será para aquisição do cereal, através dos leilões de opção. Segundo o presidente da Federarroz, Valter José Pötter, a reivindicação é de R$ 810 milhões. A saca de arroz (com casca) está cotada em R$ 17,00 ou R$ 18,00, mas seu custo de produção chega a R$ 30,00.

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