Produtores rurais saem às ruas para criticar a corrupção

Protesto dos arrozeiros de Bagé (RS) é contra a política agrícola.

Um grupo de 50 arrozeiros de Bagé saiu às ruas na tarde de terça-feira 12 em pleno centro de Bagé (RS) acompanhados de malas com a mensagem “mensalão do produtor”. O protesto foi uma forma da categoria criticar os ditos “mensalões”, onde existe acusações que alguns deputados federais recebiam grande quantia em dinheiro, e também devido a constatação de quantias de dinheiro, sem origem comprovada, que estão sendo encontradas com políticos.

O final do protesto da categoria, liderado pela Associação dos Agricultores de Bagé e que teve participação de sócios da Associação/Sindicato Rural de Bagé, foi na agência do Banco do Brasil.

Os produtores ingressaram no banco acompanhados das malas. Dentro delas havia documentos solicitando o adiamento da cobrança da parcela de julho dos financiamentos de custeio do arroz irrigado, que irá vencer no dia 20 de julho. O presidente da Associação dos Agricultores, Ricardo Zago alega que a queda dos preços do arroz e ausência de políticas públicas favoráveis introduziram uma grave crise na categoria, que está sem condições de cumprir com as dívidas feitas nesta safra.

“O mercado entrou em colapso e os produtores não tem para quem vender seu produto e por conseqüência não podem honrar os compromissos junto aos bancos”, declara Zago, ao enfatizar sobre a importância de pressionar o Banco do Brasil, já que as negociações em Brasília ainda não tiveram definições quanto ao pedido de prorrogações de parcelas de julho e agosto para um prazo mais longo.

O diretor da Rural de Bagé, Roberto Zago, enfatiza sobre os problemas que os produtores estão enfrentando quando muitos já desistiram de plantar na próxima safra e outros vão reduzir em média de 30 a 50% a área plantada. Ainda ressalta que o caos que tomou conta do setor já resultou no desemprego de mais de 300 pessoas nas lavouras da região de Bagé.

O gerente do Banco do Brasil de Bagé, Luís Gilberto Gall ressalta que a agência sempre foi parceira do setor agropecuário. Ele informa que a solicitação dos produtores será repassada a superintendência estadual do banco que irá levar ao conhecimento da direção nacional, em Brasília.

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