Programa Arroz Paulista com Qualidade

No último dia 14 de agosto, foi acordada a adesão da Broto Legal, líder do mercado paulista, e a compra das primeiras 500 sacas de sementes da variedade IAC 202 pela empresa.

A exemplo do programa Trigo Paulista com Qualidade, lançado no ano passado, os técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (DSMM/Cati), trabalham em programa similar de aproximação entre produtores e indústria processadora para o “Arroz Paulista com Qualidade”.

O objetivo principal é a utilização de sementes certificadas produzidas pela Cati como meio de introduzir mais tecnologia no campo, garantia de qualidade do arroz produzido, além de evitar o uso de sementes próprias (salvas), ou seja, os grãos como “sementes”, que levam à redução na produtividade e à falta de padrão na indústria.

O programa baseia-se na parceria, por meio de contrato público, entre o DSMM com empresas de São Paulo e entre estas e os rizicultores paulistas, por um contrato particular. Esse compromisso permitirá o pagamento das sementes da Cati fornecidas pelas empresas aos agricultores, na forma de produto agrícola, após a colheita.

No último dia 14 de agosto, foi acordada a adesão da Broto Legal, líder do mercado paulista, e a compra das primeiras 500 sacas de sementes da variedade IAC 202 pela empresa.

– Neste ano vamos dar os primeiros passos para uma integração efetiva com os agricultores de São Paulo e a área de sementes da Secretaria – afirma o seu diretor, Lázaro Moreto.

– Esse programa só se tornou viável porque o departamento produz semente certificada, não existe nenhuma empresa de produção de sementes trabalhando com arroz em nosso Estado – afirma o diretor do DSMM, Armando Azevedo Portas.

O diretor do Núcleo de Produção de Sementes do DSMM em Itapetininga e responsável pela distribuição de sementes no Vale do Ribeira, Edegar Mascari Petisco, explica que muitos agricultores cultivam as várzeas com arroz na região e encontram muita dificuldade na secagem e na comercialização.

– Normalmente, o produto é enviado para Santa Catarina, com todas as despesas de frete, e depois o mesmo arroz retorna a São Paulo, que é o maior consumidor da produção dos Estados da região Sul – afirma.

As sementes atualmente disponíveis são das variedades IAC 202 (sequeiro), Epagri 109 e BRS Ouro Minas (inundadas), numa quantidade abaixo de dez mil sacas. Nos anos seguintes, maiores quantidades e novas variedades poderão ser produzidas, a exemplo do que ocorre com o trigo. O diretor do Núcleo de Produção de Sementes de Taubaté, Glênio Wilson de Campos, um dos mentores do programa, acredita que com essa ação será possível colocar grandes áreas inundadas de produção de arroz do Vale do Paraíba dentro de um contexto de produção com qualidade e sustentabilidade.

Segundo o Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado (Lupa 2007/2008), São Paulo possui uma área próxima a 16,7 mil hectares plantados com arroz. São quase 12 mil hectares na região do Vale do Paraíba, em áreas de várzeas inundáveis com tecnologia, senão ideal, bastante avançada. Outros 3,8 mil hectares são produzidos em sequeiro e espalhados por 1.380 propriedades, gerando uma média de 2,75 hectares por propriedade, portanto, com predominância de pequenos produtores.

Assessoria de Comunicação
Por Euzi Dognani/ Adriana Rota/ Nara Guimarães

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