Programa de irrigação busca redução dos efeitos da estiagem no RS

A iniciativa prevê o armazenamento de água em microaçudes, barragens e cisternas nos meses em que as precipitações são maiores, especialmente no inverno.

A governadora gaúcha, Yeda Crusius assinou, na última quarta-feira (8), o projeto de lei do Programa Estadual de Irrigação (Pró-Irrigação/RS), que foi encaminhado à Assembléia Legislativa. O programa será executado pela Secretaria de Irrigação e Usos Múltiplos da Água.

A iniciativa prevê o armazenamento de água em microaçudes, barragens e cisternas nos meses em que as precipitações são maiores, especialmente no inverno.

Segundo o secretário da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Rogério Ortiz Porto, apenas nas culturas de milho e soja, o Rio Grande do Sul deixou de produzir, nos últimos 31 anos, devido à seca, o equivalente a US$ 90 bilhões – que representam, em média, US$ 3 bilhões por ano. O programa foi instituído para reduzir os efeitos da estiagem, aumentar a produção de grãos, tornar os produtos competitivos, e otimizar o uso dos recursos naturais disponíveis.

O programa prevê, também, a utilização e a criação de linhas de financiamento para promoção da irrigação e dos usos múltiplos da água, especialmente para a agricultura familiar e projetos que tenham grande impacto na geração de emprego e renda. As previsões climáticas indicam que, principalmente nos meses de dezembro de 2008 e janeiro e fevereiro de 2009, as chuvas serão equivalentes a 50% da média mensal.

O Rio Grande do Sul é auto-sustentável no uso da água. E, por ser um bem renovável e essencial, a única maneira de preservá-la é realizar práticas de acumulação de água em determinados períodos do ano para utilizá-la quando a mesma flui com menos intensidade.

O arroz, por exemplo, está entre as culturas mais irrigadas do estado. E, portanto, o único produto competitivo do estado. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) lançou, há cinco anos, o Programa Arroz RS que integra nesta segunda fase – 2007-2010, mais de 25 projetos. Entre eles, está o Projeto 10 que aumentou a produtividade média em quase duas toneladas por hectare com o uso racional da água e com a adoção do manejo adequado.

As práticas são recomendadas pelo Irga e visam a sustentabilidade ambiental da orizicultura gaúcha. O manejo da irrigação está entre as técnicas principais do processo de cultivo do arroz irrigado, possibilitando um aumento da eficiência do uso da água.

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