Projeto 10 de Dom Pedrito promete novos recordes
O Programa de Alta Produtividade no Arroz, desenvolvido pelo Irga e Associação dos Agricultores de Dom Pedrito, deve alcançar um novo recorde de produtividade.
É grande a expectativa de que as nove lavouras envolvidas no Projeto 10, programa de alta produtividade em arroz, em Dom Pedrito (RS), alcancem novos recordes na safra 2004/2005. O primeiro Dia de Campo do Projeto 10 para a safra 2004/05 na última quarta-feira reuniu cerca de 150 pessoas para percorrer quatro lavouras e discutir as técnicas de manejo preconizadas pelo programa desenvolvido pelo Irga e Associação dos Agricultores de Dom Pedrito.
O coordenador técnico do projeto, Valmir Menezes, destacou que as lavouras desta safra estão melhores do que no ano passado, quando foi alcançada uma média de produtividade superior a 9,5 mil quilos. Algumas lavouras ultrapassaram 10 toneladas por hectare e uma superou 11 toneladas. O clima, apenas, pode fazer a diferença.
O processo de instalação da lavoura e o manejo inicial de adubação, irrigação e controle de pragas e inços foram considerados muito bons por Menezes. Foram corrigidos muitos defeitos das lavouras do ano passado, como leiveiros, taipas altas e deficiências na estrutura de irrigação, explicou. Segundo Menezes, a tecnologia preconizada pelo Projeto 10 prevê a evolução contínua do manejo da lavoura.
O Dia de Campo do Projeto 10 obteve grande repercussão regional, pois se direcionava aos produtores que ainda não adotaram as práticas de manejo indicadas no programa. Nos surpreendeu a presença de tanta gente, pois é um evento apenas para produtores de Dom Pedrito e recebemos gente de diversos municípios, revelou o presidente da Federarroz e proprietário da Estância Guatambu, Valter José Pötter.
Outro fator que deve interferir na produtividade das lavouras do projeto foi a integração de outro programa do Irga, o Projeto Clearfield. Algumas lavouras que apresentam perda de produtividade por infestação de arroz vermelho plantaram a variedade Irga 422 CL e devem aplicar o herbicida Only, da Basf.
A variedade é tolerante ao herbicida, o que garante um controle mais eficiente dos inços. E isso vai refletir diretamente no resultado da colheita, frisa o produtor Otto Prade, que adotou o sistema em quase todos os 180 hectares do Projeto 10 que mantém na Fazenda São Carlos Espinilho. Ele pretende alcançar uma produtividade média de 11,5 mil quilos nesta área. Ano passado chegamos muito perto, afirma. Em médio prazo, Prade quer alcançar 15 toneladas de arroz por hectare.
Durante o Dia de Campo, foram visitadas as lavouras de Otto Prade, Elvio Marchezan e Alamir Vieiro. Na Estância Guatambu, além da visita e debates sobre o programa de alta produtividade em arroz, também foi apresentada a vitrine tecnológica da 15a Abertura Oficial da Colheita do Arroz. A Estação Meteorológica Automática instalada pela associação para monitorar o clima em Dom Pedrito também mereceu uma visita dos produtores.
TURBO
A fertilização das lavouras do Projeto 10 também foi bastante destacada no evento. Uma parceria entre a Serrana Fertilizantes e a Associação dos Agricultores de Dom Pedrito, em relação ao Projeto 10, garantiu o uso exclusivo do adubo Turbo, fertilizante de última geração que caiu no gosto dos produtores.
Por este convênio também foi assegurado o uso de um quadricíclo que permite a realização de análises de solo por georeferenciamento (GPS) para todos os produtores integrantes do Projeto 10. Além de ser um produto de fácil aplicação, pois não embucha a máquina, ainda pudemos utilizá-lo de acordo com a exata indicação dos mapas de demanda de fertilização do solo, o que foi muito positivo, disse Otto Prade.
O supervisor comercial da Serrana Fertilizantes, Aldo Benjamin de Oliveira, explicou que além de um rigoroso controle de qualidade sobre as matérias primas que o compõem, o Turbo contém importantes micronutrientes na sua formulação. Segundo ele, os resultados têm sido tão satisfatórios que o Turbo já alcançou patamares de venda que eram programados para 2008.
