Projeto 15k leva produtores gaúchos para os EUA

 Projeto 15k leva produtores gaúchos para os EUA

Divulgação

Viagem ao exterior possibilitou troca de experiências entre produtores de arroz do RS e EUA.

Planejar, inclusive, o tipo de semente que será utilizada na lavoura pode reduzir os riscos de perdas, mesmo com os danos causados pelo clima. A safra do arroz 2017/18, por exemplo, foi caracterizada por um ano de La Niña e baixas temperaturas, além de que as chuvas na primeira quinzena de outubro dificultaram o início e o avanço dos trabalhos de semeadura. Após, se iniciou um período seco e frio, levando muitos produtores a irrigar as lavouras para promover o nascimento do arroz, acarretando em estabelecimento tardio de uma parte significativa das lavouras de arroz do Rio Grande do Sul.

Apesar de todas essas ocorrências climáticas, alguns produtores conseguiram alcançar boas produtividades utilizando material de ciclo curto, como por exemplo, o Inov CL da RiceTec. “É uma semente de ciclo curto, em torno de 120 dias, que apresentou excelente potencial produtivo”, explica Cyrano Busato, engenheiro-agrônomo da RiceTec, empresa referência na pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de arroz de alta tecnologia nas Américas.

Os bons resultados são atribuídos a vários fatores, como melhores práticas agrícolas pelo uso da rotação de culturas e adubação de sistemas, época de semeadura, nutrição de plantas, controle de pragas, doenças e, principalmente, ao desenvolvimento de melhores cultivares. Neste contexto, a RiceTec desenvolve o Projeto 15k, uma iniciativa que tem como meta incentivar e orientar o produtor a atingir 15 mil quilos de produtividade por hectare. “O projeto 15K é uma proposta de manejo para altas produtividades, baseado na assistência técnica da equipe RiceTec, sementes com alto potencial produtivo e genes de tolerância à doenças e acamamento, além de um manejo ideal para cada situação”, explica Busato, que também é responsável pelo projeto.

O engenheiro-agrônomo da RiceTec lembra que o Projeto 15K está na sua terceira safra, sendo um grande desafio para os atuais patamares de produtividade, porém, ele destaca que a cada ano se incrementa a média de produção dentre todos os participantes do projeto, bem como o resultado de maior produtividade que cresce a cada ciclo e demonstra que pode-se chegar aos tão almejados 15 quilos por hectare.

Nesta última safra, os resultados dessa parceria com o produtor já foram colhidos nas lavouras de Dom Pedrito (RS). Na propriedade do produtor Tiago Bolsson, que cultiva a metade dos 700 hectares com cultivares híbridas, ele destinou 22 hectares para o Projeto 15K alcançando 14,1 mil kg/ha com o Titan, na safra 2017/18. “Trabalho com variedades híbridas há 10 anos e conheço muito bem o seu potencial produtivo, mas estamos atingindo uma produtividade excelente com esse projeto”, afirma Bolsson.

A família Bolsson, que pela segunda vez classificou-se entre os três primeiros colocados no projeto 15 k, esteve entre os produtores convidados pela RiceTec para uma viagem técnica aos Estados Unidos, realizada neste mês de agosto, para troca de conhecimento entre os arrozeiros gaúchos, arrozeiros americanos e os especialistas da multinacional na busca por maior produtividade, rentabilidade e sustentabilidade das lavouras de arroz. No roteiro da viagem, visitas às lavouras de arroz americanas, participação do Dia de Campo SmartRice, além de uma visita guiada à estação de pesquisa e campos de produção da RiceTec, em Arkansas e Texas, EUA.

SmartRice , iniciativa de sustentabilidade da RiceTec
O SmartRice , iniciativa de sustentabilidade da RiceTec, vem ganhando muita força pelos benefícios já mencionados e pela crescente demanda de se conseguir produtividades cada vez maiores mas sempre de maneira sustentável. Essa iniciativa da empresa é global e alguns trabalhos com universidades já foram realizados no Brasil para geração de dados e, a implementação do projeto no país a nível comercial deve acontecer em breve.

“Foi muito produtivo observar os métodos aplicados nas lavouras americanas, como por exemplo, os sistemas de irrigação. O potencial do híbrido deles é muito parecido com o nosso. Chamou atenção a grandiosidade das lavouras e o alto grau de organização das propriedades”, destacou Tiago Bolsson, que viajou ao lado do pai Davi Bolsson.

Outro destaque observado é que as sementes híbridas estão apresentando excelente performance em cenários de escassez de água ou em sistemas com menor disponibilidade de recursos hídricos e chegam a necessitar 35% menos água para cada quilo de arroz produzido. O vigor do híbrido proporciona inúmeros benefícios ao produtor: uma planta mais robusta com maior estabilidade produtiva, alto potencial produtivo, maior tolerância a doenças e aos estresses ambientais.

A RiceTec tem grande destaque no mercado de sementes nos EUA, representando 65% das vendas de sementes híbridas de arroz. De acordo com Jorge Iglesias, Diretor Agrícola e de Operações da Granja 4 Irmãos, que acompanhou o grupo na viagem, a empresa está se preocupando com as tecnologias de materiais geneticamente novos e também com a questão de economia da água nas lavouras. “Fiquei impressionado com os investimentos e pela visão de longo prazo da empresa. A RiceTec é e será uma empresa que vai trazer muitas novidades para a lavoura de arroz”, finaliza Iglesias.

2 Comentários

  • E de-lhe híbridos, a Ricetec não afrouxa, a indústria ”adora.”

  • Os arrozeiros estão sempre buscando maneiras para se endividar.
    Qualquer um sabe que o preço do arroz é balizado pela lei da oferta e procura, quanto mais arroz produzir e ofertar no mercado, mais o preço cai. É exatamente isso que o arrozeiros vem fazendo, investindo muito em semente e tecnologia de produção, a produtividade está aumentando e o preço caindo.
    Será que sou o único a enchergar isso?????

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