Queda nas importações do arroz anima produtores do RS

Os arrozeiros gaúchos estão na expectativa de que o decreto da governadora Yeda Crusius publicado no dia 24 de abril, instituindo a cobrança da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) para o arroz importado que ingressa no Estado, “realmente seja operacionalizado”.

Levantamento divulgado ontem pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) sobre as importações do produto do Mercosul dá um novo fôlego aos produtores gaúchos. A entrada do arroz dos países vizinhos no Rio Grande do Sul registrou queda de 56% em abril, se comparada a igual período do ano passado.

O volume importado caiu de 84,5 mil toneladas para 37 mil toneladas. Ao fim da colheita estimada em 6,2 milhões de toneladas, o Estado ganha mais competitividade, avaliam lideranças do segmento.

Para o diretor comercial do Irga, Rubens Silveira, os países do Mercosul estão direcionando as vendas para outros locais.

– O Uruguai e a Argentina, principais vendedores do cereal para o Brasil, estão entrando em novos mercados – afirma Silveira.

Na avaliação do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), Valter José Pötter, os preços deixaram de ser atrativos também para esses exportadores. Nas últimas três safras, o volume de arroz importado do Mercosul tem ficado entre 700 e 800 mil toneladas por ano.

– Eles foram buscar outros mercados que pagam mais – complementa Pötter, informando que hoje a cotação do arroz tipo 1 ao produtor está entre R$ 20 e R$ 21, abaixo do custo de produção e do preço mínimo fixado em R$ 23.

Os arrozeiros gaúchos estão na expectativa de que o decreto da governadora Yeda Crusius publicado no dia 24 de abril, instituindo a cobrança da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) para o arroz importado que ingressa no Estado, “realmente seja operacionalizado”. Com a determinação, será cobrado o valor de R$ 0,33 por saca de 50 quilos.

Ontem, em várias regiões do Estado, produtores mobilizaram-se para entregar cartas de alertas nas instituições financeiras sobre as dificuldades de honrar o pagamento das parcelas de investimentos a vencerem hoje.

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