Redução de plantio do arroz é insuficiente no Rio Grande do Sul

 Redução de plantio do arroz é insuficiente no Rio Grande do Sul

Vice-presidente da Federaarroz falou sobre os principais pleitos da entidade

Área de cultivo do grão precisa diminuir mais para garantir remuneração adequada aos produtores.

Levantamento feito pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em cerca de 40 municípios produtores indica redução de 3% nas intenções de plantio do grão para a safra 2017/2018. Isto, segundo o presidente do Irga, Guinter Frantz, representa 33 mil hectares, dos 1,1 milhão de hectares plantados na safra 2016/2017. A área está muito abaixo da diminuição almejada pelo setor, de pelo menos 250 mil hectares.

Durante o lançamento, nessa segunda-feira, da Abertura Oficial da Colheita do Arroz 2018 — que está marcada para 21, 22 e 23 de fevereiro na Estação Experimental do Arroz do Irga, em Cachoeirinha — orizicultores debateram a necessidade de ajustar a produção à demanda, de forma a garantir remuneração razoável na próxima safra. “Nosso arroz tem qualidade, mas precisamos aumentar o consumo interno e a exportação”, destacou Frantz.

O Estado colheu, em 2017, 8,5 milhões de toneladas do grão. O preço da saca de 50 quilos despencou de R$ 51,42 em agosto do ano passado para R$ 39,42 neste mês. A queda nas exportações aumentou a circulação do produto no mercado interno e a pressão sobre o preço. “Estamos fazendo campanhas de conscientização do produtor. Se não houver adequação entre oferta e demanda, o setor orizícola terá dificuldades de obter preços que cubram os custos de produção”, disse o diretor jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande Sul (Federarroz), Anderson Belolli. O vice-presidente da entidade, Alexandre Velho, destacou o seguro-produção e o seguro-renda como principais pleitos da entidade em prol da cadeia produtiva.

Evaldo da Silva Junior, diretor da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, revelou que a pasta trabalha na prospecção de ao menos três novos mercados estrangeiros: Irã, Nigéria e China. Também destacou que o Mapa pretende trazer ao Estado, na cerimônia de abertura da colheita no ano que vem, delegações de países interessados em conhecer o arroz gaúcho.

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