Restam apenas 6% das áreas de soja para colher no RS

 Restam apenas 6% das áreas de soja para colher no RS

Reta final da colheita da soja no RS (Emater-RS)

(Por Emater-RS) O Estado já colheu 94% das lavouras implantadas com a cultura da soja nesta safra, restando áreas de grande escala, várzeas e áreas de safrinha.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita foi a principal atividade da semana. Contudo, a operação foi interrompida em 04 e 05/05 por conta das chuvas e retomada no dia seguinte, sem maiores restrições. As precipitações foram consideradas benéficas para a elevação da umidade dos grãos e das vagens, reduzindo perdas por debulha natural e danos aos tegumentos das sementes, observados nas semanas anteriores devido à baixa umidade.

Estima-se que colheita tenha avançado de 80% para 93% das lavouras na
média regional. Esse índice é menor na Campanha, onde a área colhida recém alcançou 85% em parte dos municípios produtores, e maior na Fronteira Oeste, onde a operação já foi finalizada em alguns municípios.

As produtividades permaneceram satisfatórias, mas inferiores às de lavouras finalizadas em abril. A expectativa é que a produtividade média se aproxime de 50 sacas por hectare, sendo de 15 sacas em regiões com estiagem, e 80 sacas por hectare em lavouras com alto nível de investimento, manejo adequado e regularidade hídrica.

Os resultados da safra são considerados remuneradores, pela associação preço x produtividade, resultando em lucro suficiente para saldar dívidas, fazer investimentos em infraestrutura e até para aquisição de terras.

Na regional de Ijuí, está concluída a colheita da soja de primeiro cultivo.

A produtividade média de 3.810 quilos por hectare obtida na região é superior à das melhores colheitas registradas da cultura. A soja de segundo cultivo, implantada em janeiro e corresponde a 0,5% da área, está em fase final de ciclo, com aproximadamente 70% em maturação e em início da colheita.

Na de Soledade, está praticamente finalizada a colheita da soja, restando algumas áreas com semeadura tardia em restevas de outras culturas.

Algumas lavouras ainda não foram colhidas por logística de máquinas colhedoras; isso é característico de arrendatários que plantam em diversas regiões.

Na de Caxias do Sul, a colheita está praticamente finalizada, restando colher menos de 5%, percentual de cultivos que se concentram basicamente nos pontos de maior altitude nos Campos de Cima da Serra.

Na de Frederico Westphalen, a colheita chegou a 98% dos cultivos. Neste ano, a atividade foi realizada regularmente, pois o tempo firme e as temperaturas amenas proporcionaram colheita no ponto ideal de umidade, garantindo qualidade ao produto. A produtividade das lavouras é de 3.641 quilos por hectare, 44% superior à do ano anterior e ficou 5% acima da expectativa inicial.

Produtores satisfeitos com a produtividade e os preços.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, a colheita se encaminha para o fim, passando dos 97% colhidos.

Na de Pelotas, a atividade está próxima de ser concluída, beneficiada novamente com as condições ótimas para a colheita na semana que passou – clima seco e sem chuvas, proporcionando condições de tráfego para máquinas nas lavouras e de caminhões nas estradas. Isto proporciona agilidade e rapidez na colheita e no transporte da soja colhida.

Estão colhidos 89% das áreas implantadas. Os outros 11% estão no estágio de maduro por colher. As filas de espera para recebimento, pesagem e descarregamento nos cerealistas diminuíram consideravelmente, caindo pela metade; a espera não é superior a 18 horas.

Com isto, os valores de fretamento de caminhões para o transporte estão voltando à normalidade.

A produtividade de referência já ultrapassou os 3.200 quilos por hectare.
Na de Porto Alegre, a colheita chegou a 96% da área. A excelente produção da oleaginosa, com média maior em relação à das safras passadas, se deve principalmente às condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento da cultura e à antecipação do plantio.

Na regional de Santa Rosa, a produtividade média alcançada até o momento está em 3.035 quilos por hectare. Este ano tem mostrado contrastes, sendo que as produtividades variam significativamente entre localidades e entre municípios. Alguns agricultores conseguiram excelentes produções, e para outros o resultado foi frustrante, em face dos preços praticados da oleaginosa.

As condições de tempo úmido retraíram as atividades de colheita; foram acrescidos apenas três pontos nos percentuais registrados na semana anterior, totalizando 97% da área colhida. Resta colher áreas de várzeas, mais úmidas, e de soja safrinha, que apresenta bom potencial produtivo – em algumas lavouras, as produtividades chegam a 41 sacas por hectare.

Comercialização – análise de conjuntura

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a comercialização do grão se acentuou um pouco no início da semana em função do vencimento de contratos e compromissos financeiros referentes a insumos, arrendamentos e parcelas de investimento.

Também houve maior movimentação pela tendência de queda do preço do grão, mas ainda há muitos produtores esperando cotação próxima a R$ 200,00. Quanto aos preços praticados, verificou-se pequena oscilação durante a semana, com um viés de alta e estabilização entre a segunda e a quinta-feira e em queda na sexta (07/05), quando o grão foi comercializado a R$ 165,00/sc. de 60 quilos.

A volatilidade do mercado está atrelada aos boletins climáticos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) que apontam para uma piora nas condições do tempo com ocorrência de geadas no Meio Norte americano durante a semana anterior, o que dificultaria a instalação e o desenvolvimento da cultura no país. No médio e longo prazo, os preços futuros a serem praticados seguem atrelados à progressão e ao desenvolvimento da safra americana.

Comercialização (saca de 60 quilos)

No levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio da soja apresentou incremento de 0,15% em relação ao da semana anterior, passando de R$ 166,40 para R$ 166,65/sc. O preço para o produto disponível em Cruz Alta se manteve estabilizado em R$ 174,00/sc.

A cotação de subprodutos vendidos pela indústria para alimentação de animais é a seguinte: farelo de soja a R$ 2.700,00/ton. e casca de soja a R$ 1.100,00/ton.

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