Resumo do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18 – Conab

 Resumo do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2017/18 – Conab

Colheita menor tem interferência do clima e dos preços em 2017

A safra de arroz 2017/18 deverá ser 5,7% inferior em relação à safra 2016/17, atingindo 11,6 milhões toneladas.

A produção, estimada em 11,6 milhões de toneladas, não sofreu alterações significativas neste levantamento. Permanece a estimativa de redução de área nos principais estados produtores. A expectativa é que a área brasileira de arroz totalize 1.944 mil hectares, representando redução de 1,9% em relação à área da safra 2016/17. A tendência de redução em áreas de sequeiro permanece nessa safra, sendo substituída por culturas mais rentáveis como soja e milho. A área de irrigado reduz em virtude da rotação de áreas plantadas realizadas pelos produtores.

Produtividade

No cômputo geral, a estimativa de produtividade é de redução em relação à safra anterior, que teve um excelente comportamento. Porém, há de se destacar que a estimativa de produtividade é compatível com os pacotes tecnológicos utilizados pelos produtores e tem se mantido estável em relação ao levantamento passado frente às condições climáticas até o momento.

Prognóstico climático para o início de 2018

Os modelos de previsão climática indicam para a Região Sul maior probabilidade de que as chuvas ficarão dentro da faixa normal ou acima na maioria das localidades.
Para o norte do Paraná, as probabilidades indicam chuvas dentro da faixa normal ou acima.
Como ocorrido em dezembro, o início do trimestre deve apresentar baixa pluviometria no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina.

Quarto Levantamento

Para o quarto levantamento da cultura de arroz da safra 2017/18 indica redução de área plantada de 1,9% em relação à safra passada. Na produtividade, a previsão da média nacional é de 5.978 kg/ha. Na estimativa de produção, os números nacionais apontam para redução 5,7% em relação à safra passada, estimada em 11.622 mil toneladas. As análises dos números apontam queda na área plantada nos estados onde a cultura é cultivada com o sistema de sequeiro e irrigado.

Norte

Na Região Norte, a avaliação é que a área plantada seja em torno de 260,9 mil hectares, retração de 0,8% em relação à safra passada. A Região Norte se configura como a segunda maior produtora nacional de arroz.

Em Roraima, o arroz é dividido em arroz de verão e arroz de inverno, ambos em manejo de irrigação. No momento, o cultivo de verão está em processo de plantio, mas a maior parte concentra-se em abril. A previsão é que a área não sofra alterações em relação à última safra, no entanto, a queda no preço do arroz tem desestimulado alguns produtores. A estimativa de produção para o estado é de 87,3 mil toneladas do grão.

Em Rondônia, considerando níveis percentuais, as lavouras de arroz no estado são financiadas nas seguintes proporções: 5% por Bancos Oficiais, 7% com recursos do próprio produtor e 88% por agentes econômicos financiadores. A justificativa para o reduzido volume de recursos financeiros captados em bancos oficiais está relacionada à documentação das terras.
A titulação/escrituração de imóveis rurais no estado é muito incipiente, esse fato inviabiliza o acesso dos produtores ao crédito disponível junto aos bancos, o recurso financeiro existe, no entanto, o produtor não consegue captá-lo em sua integralidade.

Nesse contexto as traddings e empresas estaduais entram como segunda e principal opção ao produtor que necessita de aporte financeiro para investir/custear as lavouras. A área estimada para a implantação da cultura na safra 2017/18 é de 38,9 mil hectares. A variedade de arroz mais cultivada no estado é a Cambará, com ciclo precoce e com ampla adaptabilidade às condições edafoclimáticas em Rondônia. O calendário agrícola segue um pouco atípico em razão do atraso das chuvas iniciais, retardando o estabelecimento de muitas lavouras no campo, no entanto, o regime atual de chuvas é considerado normal e regular, garantindo bom aporte de água no solo para suprimento das plantas.

No Acre, a cultura do arrozeiro vem decrescendo em área plantada e a produção apresenta baixa produtividade. A baixa produtividade está associada à falta de cultivares adaptadas à região e políticas públicas de incentivo à cultura. O plantio do arroz de sequeiro se inicia no início do período chuvoso, de outubro a dezembro, quando o clima é favorável ao desenvolvimento da cultura.

Há perspectiva de redução de área plantada devido à dificuldade de acesso ao crédito agrícola e ao custo de produção. O sistema de produção é outro fator que influência na produtividade do estado devido à utilização de baixa tecnologia e a agricultura ser familiar, cuja, a finalidade da produção é para o consumo familiar e à comercialização do excedente. Geralmente a cultura do arroz é consorciada com outras culturas, como o milho e a mandioca, após a retirada da cultura é realizado o plantio de feijão comum.

Para a cultura do arroz se recomenda a realização do plantio no período inicial das chuvas, de outubro a dezembro, desde que o solo apresente umidade suficiente para a germinação e o desenvolvimento inicial das plantas. Deve-se evitar o plantio antecipado para diminuir o risco de se estabelecer baixa população de plantas e para que a colheita não ocorra em épo anca chuvosa. Por outro lado, o plantio tardio favorece o aparecimento de brusone. A área cultivada no estado deverá ser de 4 mil hectares, estimativa de produção de 5,5 mil toneladas e produtividade de 1.375 Kg/ha.

No Amazonas, a estimativa é que a área plantada seja igual à da safra passada, estimada em 3,2 mil hectares. Espera-se uma produtividade 3% maior, com uma produção total estimada em torno de 7,2 mil toneladas (arroz de sequeiro), quando comparada à safra 2016/17.

No Pará, a expectativa do setor para área a ser plantada nessa safra continua a mesma informada no levantamento anterior, tanto para o arroz de sequeiro quanto para o arroz irrigado, sendo esse último cultivado em ciclos de produção, visando atender a demanda das beneficiadoras.

O sul e sudeste do estado já iniciaram o preparo da área e plantio, com a chegada das chuvas.

Em Tocantins, as lavouras do arroz de sequeiro vêm se desenvolvendo bem, dado aos bons volumes precipitados ocorridos desde o início do plantio. Com o fim do plantio da soja, os produtores com propósito de cultivo da cultura, já iniciaram o plantio das lavouras de arroz nas áreas recém-abertas. A área cultivada, nessa safra, em sistema sequeiro, deverá ser 12,1% menor do que na safra passada.

Com relação ao plantio irrigado, a estimativa é de manutenção da área em relação à safra passada, de 105 mil hectares. Com evidenciado atraso, devido aos baixíssimos níveis dos reservatórios e rios da região, nessa safra todos os produtores tiveram que esperar o retorno das chuvas para realizar o plantio com segurança de abastecimento de água para a inundação dos tabuleiros. As lavouras já estão na fase final de plantio, apresentando ligeira limitação nas regiões mais baixas devido ao excesso de água presente nos tabuleiros, impedindo a realização do plantio nessas áreas.

A expectativa é de que o volume de chuvas diminua e que essas áreas sejam drenadas para serem plantadas.

Nordeste

Na Região Nordeste, a expectativa é de incremento da área plantada com arroz de sequeiro de 4,1% e com o irrigado de 9,4%. No Maranhão, apesar das lavouras de arroz de sequeiro serem gradativamente substituídas por outros sistemas produtivos, normalmente avaliados pelos produtores como mais rentáveis, a exemplo da pecuária de corte e/ou criação de animais de pequeno porte, ainda assim a área plantada deve ser 6,5% superior à safra passada. A área plantada com arroz irrigado deve aumentar para 2,9 mil hectares. As lavouras foram bem estabelecidas e se encontram em sua totalidade no estádio de maturação.

Em Sergipe, o calendário de plantio foi concluído em outubro, com uma área plantada de 4,7 mil hectares no estado, apesar de alguns poucos produtores replantarem nas áreas colhidas até então, com o propósito de realizar a colheita em meados de março de 2018. Até o final de dezembro é esperado que 28% de área seja colhida, obtendo um acumulado de 45% da área total semeada. Outros 30% das áreas se encontram em estágio de maturação, 30% em floração e 12% em frutificação. Em relação à comercialização, verificou-se que os maiores volumes negociados foram com compradores de Pernambuco.

Na Bahia, o cultivo do arroz é realizado nos territórios Rio Corrente e Rio Grande, sendo tradição o cultivo em áreas recém-abertas devido principalmente a sua tolerância à acidez dos solos. Geralmente o cultivo não se repete nos anos seguintes devido aos baixos preços de mercado. Estima-se o cultivo de 7,8 mil hectares, redução de 3,7% em relação à safra passada. A área plantada já atinge 100%.

Centro-Oeste

No Centro-Oeste, terceira região que mais produz arroz no país, a previsão é que ocorra redução na área plantada de 9,2%, quando comparada com a última safra, tanto nas áreas de arroz de sequeiro, de 10,8%, quanto nas destinadas a arroz irrigado, de 2,9%.

Em Mato Grosso, o plantio do arroz sequeiro de primeira safra está ocorrendo em diversas regiões do estado, com redução de aproximadamente 11,3% em relação à safra passada. Tal queda é justificada pela substituição de áreas antes destinadas à orizicultura, agora, incorporadas ao plantio de soja. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo e os trabalhos de semeadura das áreas remanescentes serão finalizados nas primeiras semanas de janeiro. As condições climáticas favoráveis remetem à boa produtividade.

Assim, o rendimento médio do arroz é estimado em 3.089 kg/ha. Com menor área dedicada à cultura, projeta-se produção de 414,9 mil toneladas do cereal no atual ciclo, ante às 488,4 mil toneladas na safra passada, queda de 15% no período.

Em Mato Grosso do Sul, a estimativa de área plantada no estado é de 14,3 mil hectares, com uma expectativa de produtividade média de 6.100 kg/ha. No levantamento atual, a cultura se encontra em diferentes estádios de crescimento e desenvolvimento por causa do escalonamento do plantio. Aproximadamente 64% das lavouras estão em fase vegetativa, 25% em floração/frutificação e 11% em maturação.

No estado, a baixa incidência de pragas e doenças têm contribuído para o desenvolvimento da cultura, além do bom aporte tecnológico utilizado e monitoramento constante, que têm sido fundamentais para o desenvolvimento do cereal. O plantio da soja, em áreas anteriormente cultivadas com arroz, vem se tornando cada vez mais frequente nos municípios produtores do cereal, assim, estabelecendo uma rotação de culturas, reduzindo os custos com agrotóxicos e reestruturando o solo fisicamente e fixando nitrogênio. Com a rotação, há o controle na disseminação da principal invasora do cereal – o arroz vermelho, pertencente à mesma espécie do arroz branco comercial.

O clima, nos principais municípios produtores do cereal, está favorável ao crescimento e desenvolvimento da cultura. Porém, alguns municípios no sudoeste do estado apresentaram dias nublados no final de novembro e início de dezembro, o que pode acarretar em problemas futuros para a produtividade, dada à falta de luminosidade, a qual compromete a assimilação de carboidratos.

Em termos de comercialização, há poucos contratos futuros, pois não é uma prática comum para a cultura no estado e também pelo preço baixo pago ao produtor.

Em Goiás, a cultura de arroz de sequeiro se resume em áreas de assentamentos rurais ou cooperados atendidos pelo programa Lavoura Comunitária da Secretaria da Agricultura em conjunto com Emater e OVG. Grande parte dos usuários desse programa está em inadimplência, por isso vários projetos não têm sido aprovados pela Emater do estado.

Não há procura de crédito de custeio para essa cultura, haja vista as significativas exigências bancárias para a liberação desse crédito. O arroz de sequeiro está, na maioria, restrito a plantio de subsistência e lavouras comunitárias. Neste ano alguns assentados de reforma agrária poderão realizar o plantio de pequenas áreas com baixa aplicação de tecnologia, apenas para subsistência e com comercialização do excedente no mercado regional.

Demais áreas de sequeiro são de acampamentos em faixas de domínio de rodovias e pequenos produtores com utilização de pouca tecnologia.

Sudeste

Na Região Sudeste, a área plantada deve ter retração de 9,3%, se comparada à área da última safra. Em Minas Gerais, seguindo a tendência dos últimos anos, a área de arroz sofreu queda em relação à safra anterior. Dos 5,9 mil hectares previstos no último levantamento, foram plantados apenas 4,8 mil, o que implica em uma queda de 20% em relação à safra anterior.

A redução ocorreu em área de sequeiro devido, em grande parte, ao desestímulo provocado pelo alto custo de produção, que resulta na falta de competitividade com o cereal produzido no sul do país, assim como pelo risco de perda por causa das estiagens prolongadas, recorrentes nas principais regiões produtoras.

A produtividade média estadual deve ficar 10,2% maior em relação à safra anterior, devido à redução de área de sequeiro, geralmente pouco produtiva, além da influência das lavouras irrigadas, nas quais não são raros relatos de produtividade de até 7.000 kg/ha.

Em São Paulo o arroz demonstra uma estabilidade de área. O produto é pouco cultivado no estado. O cereal se concentra basicamente em dois municípios, Guaratinguetá e Pindamonhangaba, ambos pertencentes ao vale do Paraíba. Produtores que até então se dedicavam mais intensamente ao cultivo do arroz estão migrando para outras culturas, tais como, milho silagem e até mesmo a soja.

A cultura se encontra em torno de 10% em germinação, em desenvolvimento vegetativo 50% e em floração 40%. A produtividade esperada pelos produtores da região para o arroz irrigado é de 4.184 kg/ha. E a produtividade esperada para o arroz de sequeiro é de 2.900 kg/ha. A área total do arroz de São Paulo fica em 9,4 mil hectares. Retração de área, se comparada a safra passada, que ficou em 9,7 mil hectares.SUL

Sul

Na Região Sul, onde concentra a maior parte da produção do país e o cultivo de arroz é quase que totalmente irrigado, apenas um percentual pequeno no Paraná é cultivado em sequeiro, a área deve sofrer pequena redução de, 2%, quando comparada à safra passada. No Paraná, a área total cultivada com arroz é estimada em 23,6 mil hectares. O levantamento aponta para uma área plantada de 3,4 mil hectares de arroz sequeiro.

O plantio está em queda ano após ano, pois se trata de uma cultura de subsistência, cada vez mais em desuso, principalmente devido aos baixos preços do arroz. A produtividade de 2.045 kg/ha é considerada como normal para a cultura, que se encontra em desenvolvimento vegetativo e boas condições sanitá rias. A área com arroz irrigado foi reajustada e é estimada em 20,2 mil hectares.

O crescimento ocorreu no noroeste do Paraná, onde estão concentradas 80% das lavouras. O cultivo de arroz irrigado é de alta produtividade e, atualmente, espera-se uma produtividade média de 7.300 kg/ha. As lavouras estão em boas condições.

Em Santa Catarina, 100% das lavouras do arroz irrigado estão implantadas, visto que a maior parte se encontra ainda em fase de perfilhamento, porém estima-se que em torno de 23% da área já esteja em estádio reprodutivo, com a diferenciação e emissão de panícula.

A ocorrência de lavouras mais adiantadas evidencia a expectativa de início da colheita ainda na primeira quinzena de janeiro. Até o presente momento a safra vem se mostrando normal, com o clima favorável ao desenvolvimento das plantas. Apesar de haver locais com registro de restrições hídricas e outros com a presença de clima frio, principalmente no período da noite, no último mês.

Não foi constatada presença de pragas ou doenças na cultura em níveis que possam afetar a produção estimada, apesar de haver focos de patógenos em algumas regiões, os quais estão sendo controlados de forma satisfatória via uso de defensivos. O preço está se mantendo estável na faixa de R$ 40,00 a saca na região norte do estado e R$ 36,50 a saca na região sul.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz se encontra praticamente concluída. A evolução de semeadura na presente safra foi muito semelhante ao verificado na anterior. As condições meteorológicas e de manejo daqui até o final do ciclo ainda exercem fator preponderante na definição da produção total. Por outro lado, a lavoura de arroz da safra 2017/18 enfrentou sérios problemas na sua implantação.

Não obstante as áreas tenham sido preparadas com antecedência em grande parte das regiões produtoras, o período ideal de semeadura foi afetado pelo excesso de precipitações que impediram uma semeadura sequencial como era esperado. Além disso, ficou dificultada a realização dos tratos culturais, provocando a ocorrência de invasoras, além do normal, e atraso na aplicação da adubação nitrogenada.

Da área prevista para o estado 77% foram semeados dentro do período recomendado, 18% do tolerado e 5% em dezembro. A falta de chuvas, que em alguns locais já é superior a 60 dias, principalmente na região da Campanha, não permitiu a germinação adequada das lavouras, que está ocorrendo somente em dezembro, também fora do período recomendado. Sendo assim, a produção vai ficar muito dependente do clima, que não poderá apresentar, por exemplo, temperaturas abaixo de 13 °C até meados de abril.

As operações de semeadura, em razão do curto tempo disponível, não foram realizadas da melhor maneira possível e, mais recentemente, a estiagem está dificultando o processo de irrigação, já que o solo muito seco necessita mais água para se saturar e formar a lâmina de irrigação, além de tornar o processo mais demorado e ocasionar uma maior perda na adubação nitrogenada devido à volatilização do nitrogênio antes de ocorrer a inundação do solo.

Foi apontada uma leve mudança quanto ao uso das cultivares nesta safra. A cultivar Irga 424 RI deverá ter uma diminuição de até 5% no seu uso devido aos problemas de comercialização que ocorreram na safra anterior.

A substituição deve se dar pelas cultivares Guri e Irga 429, que são mais preferidas pela indústria. Um problema elencado pelos produtores foi a dificuldade cada vez maior para o acesso ao crédito oficial, restando como alternativa recorrer às indústrias de beneficiamento e fornecedores de insumos, cuja a taxa de juros é mais que três vezes superior àquela praticada pelo crédito oficial.

Balanço de Oferta e Demanda

Em novembro, o Brasil exportou 95,3 mil toneladas de arroz base casca e importou 65,1 mil toneladas. Sobre os preços comercializados, o Brasil vendeu o arroz branco beneficiado em uma média de US$491,57 a tonelada, enquanto os preços de aquisição, principalmente dos nossos parceiros de Mercosul, mantiveram-se em patamar inferior.

Sobre as compras brasileiras de arroz internacional em novembro, o Paraguai, maior exportador para o mercado brasileiro, comercializou 51,9 mil toneladas de arroz base beneficiado em uma média de US$ 376,33 a tonelada de arroz polido. Cabe destacar que o arroz paraguaio continua sendo direcionado, em sua maioria, para os mercados do Sudeste.

Sobre a Argentina e o Uruguai, o produto importado vem sendo direcionado principalmente para São Paulo e Rio Grande do Sul. Para o final da comercialização da safra 2016/17, a previsão é de uma importação de um milhão de toneladas e exportação de 800 mil toneladas.

Acerca do consumo, esse é estimado em torno de 11,5 milhões de toneladas para a safra 2016/17 em virtude do cenário econômico brasileiro. Para a safra 2016/17, projeta-se um consumo superior por volta de 12 milhões de toneladas, volume semelhante à média identificada antes do período de recessão brasileira.

Sobre a produção nacional, a safra de arroz 2017/18 deverá ser 5,7% inferior em relação à safra 2016/17, atingindo 11,6 milhões toneladas.

Essa retração da produção ocorre em razão do atraso de parte das áreas no Rio Grande do Sul e à menor capitalização dos produtores, que deverão reduzir a quantidade de insumos nas lavouras. Sobre a balança comercial, a expectativa é de equilíbrio na próxima safra, como reflexo de um possível arrefecimento dos preços internos mais competitivos em virtude de uma esperada desvalorização da moeda nacional no ano de 2018.

Com base no cenário descrito no quadro de suprimento, espera-se uma amena redução dos estoques de passagem, sendo previsto um estoque final de 1.458,6 mil toneladas para a safra 2016/17 (fevereiro de 2018) e de 1.080,6 mil toneladas para a safra 2017/18 (fevereiro de 2019).

 

 

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