Retomada

A safra brasileira de arroz deverá alcançar um volume entre 11,992 e 12,310 milhões de toneladas em base casca, o que representa um aumento produtivo entre 2,1% e 4,8% sobre a temporada 2012/13, consolidada em 11,992 milhões. A projeção é do segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no último dia 8 de novembro, para a safra brasileira 2013/14. Com relação à área, a Conab projeta que pode haver uma retração de 0,6% até um aumento de 2,1%, ficando entre 2,375 e 2,440 milhões de hectares, diante dos 2,390 milhões semeados no ciclo passado.

A produtividade vai aumentar, segundo estimativa da Conab, passando dos 4.913 quilos por hectare alcançados na safra passada para 5,046 mil quilos por hectare, com avanço de 2,7%, principalmente devido a um ganho produtivo pelas tecnologias agregadas nas zonas irrigadas e a previsão de um melhor desempenho, em função de um clima mais favorável, nas terras altas. Para o governo federal, o Rio Grande do Sul, principal estado produtor de arroz do Brasil, deve ter uma safra entre 8,198 a 8,437 milhões de toneladas, com evolução equivalente a um valor entre 3,3% e 6,4%. A área prevista vai de 1,098 a 1,130 milhão de hectares, projetando uma superfície semeada de 3% a 6% maior do que na temporada 2012/13, quando ficou em 1,066 milhão de hectares. O rendimento também deve aumentar 0,3%, para 7.463 quilos por hectare, frente aos 7.438 quilos obtidos no ciclo já encerrado.

Também em Santa Catarina, a produção deverá apresentar um crescimento de 3,2%, para um total de 1,058 milhão de toneladas. Já o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, consolidando seu espaço, é o Tocantins, que deverá alcançar produção entre 565,4 e 582,3 mil toneladas, frente às 565,7 obtidas na safra passada. A previsão climática para este estado indica possibilidades de estiagem em algumas regiões produtoras.

FIQUE DE OLHO
No segundo levantamento da safra de grãos, a Conab trabalhou ainda com intervalo de confiança, por não ter uma informação mais definitiva sobre a área de cultivo a ser efetivamente adotada, uma vez que no Centro-oeste, Norte, Nordeste e até mesmo parte do Sudeste, até o segundo levantamento, muitos produtores ainda estavam definindo o real tamanho de suas lavouras. As reduções mais concentradas, segundo a Conab, deverão acontecer em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Maranhão. Minas Gerais e Mato Grosso vêm sofrendo direta concorrência do arroz mais barato, importado do Paraguai. Na Região Sul, o Paraná deve ter uma lavoura menor, também influenciado pela concorrência feroz do cereal do país vizinho, que tem baixo custo de produção. Segundo a Conab, o plantio vem se desenvolvendo dentro da normalidade em todas as regiões produtoras do país.