Reunião avalia proposta de venda externa
Cadeia produtiva do arroz reuniu-se na Farsul, nesta quinta-feira, e avaliou o mercado atual e as possibilidades do Mercosul exportar em bloco para União Européia, América do Sul e Caribe.
Reunida nesta quinta-feira (15) na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, a cadeia produtiva do arroz avaliou uma proposta inicial, já apresentada aos ministros da União, de um programa de exportação em bloco, pelo Mercosul, para a União Européia e outros países da América do Sul e do Caribe.
As tratativas são para abrir uma cota de exportação nos moldes da Cota Hilton, da carne, numa troca entre Mercosul e Europa por produtos de bens e serviços. Neste caso, a Europa abriria mão das sobretaxas ao produto brasileiro, facilitando seu acesso.
A cadeia produtiva do arroz, que contou com a presença de gaúchos e uruguaios, decidiu solicitar a inclusão de um volume de 500 mil toneladas nesta cota inicial, por indicação do Conasur, entidade que representa a indústria arrozeira do Brasil, Uruguai e Argentina.
A pré-proposta que vinha sendo discutida era de 120 mil toneladas, mas segundo o diretor comercial do Irga, Rubens Silveira, a segunda proposta (500 mil/ton) é mais adequada à realidade dos negócios.
Para Silveira, em princípio haverá um rateio da cota, com os três países exportando, se o negócio se concretizar. Mas, isso não é importante. Interessa é que saia produto do bloco para outros mercados. Quanto mais for para lá, menores os volumes para pressionar nosso mercado interno, lembrou. A maior parte do produto argentino e uruguaio tem por alvo de consumo o mercado brasileiro.
Os gaúchos e uruguaios, durante o encontro, também estudaram o andamento dos negócios para ampliar os volumes exportados para o Peru. A partir de um acordo firmado entre Mercosul e Comunidade Andina, algumas barreiras caíram. Anualmente, o Uruguai já vende de 30 mil a 50 mil toneladas por ano, mas o Peru importa 300 mil toneladas de arroz, cerca de 250 mil toneladas da Tailândia.
Como os fretes internacionais estão muito caros, há tratativas no sentido de que o Peru compre ao menos 100 mil toneladas do Mercosul. As tratativas estão sendo realizadas diretamente pelas chancelarias dos países envolvidos, sob acompanhamento de arrozeiros e indústrias. Uma nova reunião para avaliar o andamento destes temas está marcado para o próximo dia 27, no Irga.