Reunião sobre salvaguardas em Brasília gera expectativa

Advogado da Federarroz, Durval Noronha, tem reunião no Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento sobre o estabelecimento de salvaguardas para o arroz do Mercosul. Já existe produto entrando no Brasil.

O presidente da Federarroz, Valter José Pötter, reafirmou hoje a urgência da necessidade do Governo Brasileiro adotar medidas de salvaguarda ao arroz brasileiro e sobretaxar o arroz do Mercosul que ingressa muito barato e com subsídios no mercado nacional. A informação de que já está entrando arroz esbramado do Uruguai no Brasil a preços de R$ 23,80 (equivalência/50 Kg) circulou ontem nos meios arrozeiros gaúchos e causou indignação. Em dólar, esta cotação estaria em US$ 8,80 o saco de 50 quilos (equivalência) do arroz esbramado. A qualidade de grãos chega a 62% de inteiros.

Na próxima segunda-feira, o advogado da Federarroz, Durval Noronha, se reunirá com a direção do Decon, em Brasília, para tratar da ação administrativa que pede o estabelecimento de salvaguardas, com sobretaxa de até 50% sobre o arroz do Mercosul.

Valter José Pötter afirma que é grande a expectativa dos arrozeiros para que haja uma sinalização de medidas por parte do Governo. “Já temos posições favoráveis dos ministérios e o próprio Governo, através da Conab, diz que não será necessário importar um grão de arroz. Não entendemos o motivo da demora”, frisou.

Por via das dúvidas, a Federarroz começa a se articular para promover novas manifestações. Não estão descartadas mobilizações em Brasília, com apoio dos ruralistas do Centro-Oeste, em Porto Alegre e o fechamento de fronteiras no Rio Grande do Sul. Ações judiciais podem ser encaminhadas na Justiça Federal, com pedido de liminar, para exigir fiscalização dos caminhões que entram do Mercosul e que o Governo Federal seja obrigado a instalar e recuperar as balanças nos pontos de fronteira.

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