Rigotto defende compensação urgente a arrozeiros

Rigotto defende a retirada imediata do mercado de 1 milhão de toneladas de arroz, seja por meio de exportação ou da compra direta pela União.

O governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto afirmou na manhã desta quinta-feira 19, em Santana do Livramento (na fronteira gaúca com o Uruguai), que o governo federal precisa tomar medidas compensatórias urgentes para evitar prejuízos ainda maiores aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. Rigotto defende a retirada imediata do mercado de 1 milhão de toneladas de arroz, seja por meio de exportação ou da compra direta pela União.

As afirmações foram feitas em encontro com lideranças do setor e um grupo de mais de 2 mil arrozeiros, do qual participaram também os ministros Aldo Rebelo, da Coordenação Política, e Ciro Gomes, da Integração Nacional.

Rigotto sustenta que é impossível manter a atividade produtiva, já que os arrozeiros recebem R$ 18,00 por saca de arroz, quando têm um gasto de produção de R$ 30,00 por saca. De acordo com o governador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conhecimento do problema. Por isso, pretende ser recebido, o mais rapidamente possível, em audiência no Palácio do Planalto, para discutir medidas que impeçam o colapso do setor arrozeiro.

CONCORRÊNCIA

Além dos argumentos de Rigotto sobre a situação, os ministros Aldo Rebelo e Ciro Gomes receberam uma relação de reivindicações dos agricultores, que, segundo o governador, já fizeram a sua parte ao investir em tecnologia e aumentar significativamente a produtividade. “Nada disso adianta se eles não forem compensados pelo esforço”, ressaltou.

Rigotto disse ainda que considera importante a vinda dos dois ministros para ouvir os pleitos dos produtores gaúchos e que vai aproveitar a viagem ao Japão, na próxima semana, em companhia do presidente Lula, para reforçar a necessidade de providências imediatas.

Outra queixa dos agricultores que tem o aval de Rigotto diz respeito à entrada descontrolada, no Rio Grande do Sul, de arroz argentino e uruguaio, o que agrava ainda mais os prejuízos já sofridos com os baixos preços de comercialização do produto gaúcho. “O Rio Grande do Sul tem, neste momento, o maior estoque de arroz de sua história, e os 12 mil produtores são responsáveis pela oferta de 232 mil empregos”, disse o presidente da Federarroz, Walter Pötter.

Segundo Pötter, os países vizinhos levam vantagem maior pelo fato de terem a produção altamente subsidiada. Para romper a concorrência, Rigotto propõe o estabelecimento de cotas de importação de grãos da Argentina e do Uruguai ou de medidas compensatórias aos agricultores. Participaram do encontro o presidente do Irga, Pery Coelho, o vice-presidente da Farsul, Francisco Chardong, e o diretor-administrativo da entidade, Hamilton Soares.

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