Riva mobiliza bancada federal para equiparar preço do arroz

Insatisfeitos com a diferença nos preços, o presidente do Sindicato Estadual das Indústrias de Arroz de Mato Grosso, Joel Gonçalves Filho recorreu à Assembleia Legislativa para pedir apoio na equiparação do preço do produto com outros estados.

O preço mínimo do arroz de sequeiro produzido em Mato Grosso está avaliado em R$ 25,50 a saca de 60 quilos. Já para as demais regiões o mesmo arroz é comercializado em R$ 30,96, conforme a tabela de preços do Governo Federal.

Insatisfeitos com a diferença nos preços, o presidente do Sindicato Estadual das Indústrias de Arroz de Mato Grosso, Joel Gonçalves Filho recorreu à Assembleia Legislativa para pedir apoio na equiparação do preço do produto com outros estados. Acompanhado de outros produtores, Gonçalves Filho teve a garantia do presidente José Riva (PP) de agendar uma reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes para tratar sobre o assunto. O encontro deve acontecer nesta semana.

Eles questionam a alegação da Conab, que diz que a medida visa à preservação ambiental.

– Ela alega que se estimular o plantio, dando um preço justo, o produtor vai derrubar mais áreas. É uma mentalidade de 10 anos atrás. Essa medida é protecionista porque Mato Grosso está aumentando a sua produção, e indústrias modernas estão se instalando aqui – disse o representante do Sindarroz.

Gonçalves Filho garante que a produção sustentável é a grande alavanca do setor. Pois, a produção do arroz é feita com rotatividade com a pastagem e com a soja. Ela não é utilizada só para abertura de áreas.

– Hoje, o arroz é uma cultura rentável. Para se ter uma idéia, a saca de arroz equivale a uma de soja. O produtor está consciente que ele tem que ter um produto de primeira qualidade e está sendo remunerado por isso – explicou Gonçalves Filho.

Ao considerar absurda a medida, Riva disse que mobilizou a bancada federal para a reunião com o ministro. Para ele, é inconcebível haver duas pautas do arroz, sendo uma para Mato Grosso e outra para as demais localidades do país, como Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins, tornando a produção mato-grossense depreciada.

– A diferença do preço mínimo é mais de cinco reais. Isso é um descaso com Mato Grosso, querem desvalorizar um produto que o estado aperfeiçoou tecnologicamente. Temos arroz que compete, inclusive, com o de irrigação de outros estados. Não justifica ter uma pauta diferente para Mato Grosso.

Riva ainda lembrou que os produtores já estão conscientes de que não podem infringir as regras ambientais, sob pena de ter um veto na comercialização de seus produtos.

– Vamos trabalhar para que Mato Grosso seja equiparado aos demais estados – afirmou.

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