Rizicultores catarinenses são orientados a não poluir

Cooperativas agrícolas orientam produtores para os cuidados essenciais com o meio ambiente na produção de arroz.

Respeitar o limite de cinco metros de vegetação ciliar, somente devolver aos rios a água das quadras depois de decantada, usar apenas defensivos agrícolas registrados para a cultura e com receita agronômica, respeitando seu período de carência. Estas são algumas das orientações que as cooperativas agrícolas do sul catarinense estão repassando aos produtores de arroz da região, preocupados com o crescente número de novos rizicultores e com o aumento da área plantada. No entanto, o crescimento econômico e desordenado da atividade pode causar impacto ao meio ambiente.

A produção de arroz irrigado é a principal atividade agrícola da região sul catarinense. O cultivo deste cereal é um dos maiores geradores de riqueza e emprego na atualidade. Segundo dados da Epagri, a região é responsável por 60% de todo o arroz produzido em Santa Catarina. Como o arroz tem sido avaliado como um bom negócio, muitos produtores estão abandonando outras culturas tradicionais como o fumo, a banana e o milho para se dedicar à produção de arroz irrigado.

Nesse sentido, as cooperativas do extremo-sul vêm tomando algumas medidas para conscientizar os produtores quanto ao correto manejo da cultura. A primeira medida foi veicular campanha em emissora de TV regional alertando sobre os cuidados que o produtor deve ter durante o processo de plantação, que começou no mês passado e se estende até dezembro. “Seguindo as normas de produção de arroz com baixo impacto ambiental repassadas pela Fatma e Ibama, é possível minimizar os danos ao meio ambiente”, salienta o presidente da Cooperja, Vanir Zanatta.

A grande preocupação dos órgãos competentes é quanto ao futuro dos mananciais. Principalmente, porque o recurso hídrico está se tornando cada vez mais escasso. Na safra 2002/2003, em todo o estado, foram cultivados 134 mil hectares em mais de 60 municípios, envolvendo cerca de oito mil famílias de agricultores.

No extremo-sul catarinense foram plantados 47.790 hectares, o que rendeu uma produtividade de 335.400 toneladas. “Um primeiro passo já foi dado, mas ainda falta a divulgação de alguns temas, como o retorno das embalagens usadas”, finaliza Zanatta.

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