RS precisa mais chuvas para plantar
A semana começou com chuva em todo o Rio Grande do Sul, mas para recuperar as barragens precisa muito mais.
Mesmo com a ocorrência de chuvas mais frequentes no mês de agosto sobre as principais regiões produtoras de arroz do Rio Grande do Sul, os níveis das barragens e demais reservatórios ainda não estão adequados para a realização do plantio. Contudo, muitos produtores estão aproveitando essa pouca umidade do solo para a realização do preparo do solo e demais trabalhos antes do plantio, como calagem.
Segundo o levantamento de intenção de plantio realizado pela EMATER – RS, a safra de arroz esse ano deverá ser menor, primeiro pelos altos estoques ainda existentes, devido a baixa comercialização da safra passada, baixos preços e uma certa apreensão por parte dos produtores em relação ao regime de chuvas, já que ainda, como mencionado acima, os reservatórios ainda não atingiram níveis máximos e isso poderá trazer complicações ao uso da irrigação.
Além disso, com a perspectiva de um El Niño de fraca intensidade e curta duração, já perdendo forças no início de verão, poderão ocorrer períodos mais seco ao longo do verão, o que normalmente não ocorre em anos sob influencia de um El Niño de moderada e até forte intensidade. Segundo os modelos de previsão climáticas, o regime de chuvas no Rio Grande do Sul esse ano deverá variar dentro da média climatológica, onde não serão observados
volumes acumulados bem acima da média durante toda a primavera e verão.
Nos demais Estados produtores de arroz, como no Nordeste e Mato Grosso, as condições poderão ser ainda piores, pois como são plantados em solos mais arenosos, volumes de chuvas abaixo da média poderão prejudicar o pleno desenvolvimento das plantas, afetando a sua produção final.
Para essa semana não há previsões de chuvas intensas e nem tão pouco generalizadas sobre as áreas produtoras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essas chuvas só deverão ocorrer mais no final de semana e inicio da próxima semana. Além disso, as altas temperaturas ainda serão registradas, elevando as taxas de evaporação e desfavorecendo, portanto, a elevação dos níveis de água das barragens.
2 Comentários
Nãomvamos esperar encher barragens vamos de : SOJA NA VÁRZEA NELES!!!
Temos que ter prudência e não criarmos novamente uma super oferta de produto. O mercado já sabia que não havia todo o estoque anunciado por diversas fontes, só não acreditava que o furo era tão grande.
Se houver uma super produção de soja ela irá, no máximo, criar um gargalo de exportação de dois ou três meses nos portos (olho vivo na colheita)e no ano seguinte teremos demanda novamente. Se houver uma super oferta de arroz criaremos um estoque de passagem, que nem sempre é tão grande, mas que irá impactar no preço das safras seguintes devido a centralização de produção no RS e, então, novamente estaremos a deriva, sem rumo e sem leme.
O produtor TEM o poder de controlar oferta e manter a sua renda e a sua permanência no mercado.
A informação está desponível e o agricultor está evoluindo administrativamente
Para haver uma estabilidade de produção e renda para todos basta haver seriedade e clareza nos contratos de compra e venda do cereal e preço futuro acordado como na soja. Ganham todos produtor, indústria, consumidor e principalmente o governo que arrecada em todos os níveis.
A soja é uma realidade e dá muito resultadosó não podemos erar o passo dado.
Sucesso a todos.