RS: resultado final da safra de arroz 2017/2018

Nesta safra foi obtida a maior produtividade totalizando 7.949 Kg/ha.

Em agosto de 2017, os levantamentos realizados pelo IRGA indicavam a intenção de semeadura de 1.078.279 hectares. No entanto, a área efetivamente semeada foi de 1.077.959 hectares. Observa-se o crescimento da área preparada antecipadamente que foi de 612.206 hectares, correspondendo a 56,8% da área semeada e, também, os 215.006 hectares semeados em sucessão a cultura da soja.

Destacou-se a região da Campanha com preparo antecipado e semeadura sobre soja em 73,9% e 53,9% da área semeada, respectivamente. Comparando-se os dados das últimas safras no estado do Rio Grande do Sul, observa-se que houve aumento na utilização do cultivo sem revolvimento do solo para semeadura direta (cultivo mínimo e plantio direto) de 62 para 65,8%, em detrimento ao sistema convencional que reduziu de 29 para 24,1%. O sistema pré germinado se mantém com participação de em torno de 10%. O incremento na adoção do preparo antecipado tem contribuído para o aumento da semeadura direta.

Com um elevado número de dias com chuva em setembro e outubro, a semeadura ficou bastante prejudicada, principalmente na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, regiões que geralmente semeiam boa parte das lavouras ainda no mês de setembro. Na primeira semana de outubro, apenas 6% das áreas haviam sido semeadas, contra 36% na safra passada. Os 50% da área produtora de arroz do Rio Grande do Sul foi alcançada entre os dias 5 e 10 de novembro, enquanto que na safra 2016/2017 esse patamar havia ocorrido em 15 de outubro.

As regiões que tiveram um percentual acima do valor médio da semeadura na safra 2017/2018 foram a Fronteira Oeste e Zona Sul, provavelmente devido ao menor valor acumulado de precipitação e também ao preparo antecipado do solo, na Fronteira Oeste. Nos meses de dezembro e janeiro não se observaram condições muito adversas à cultura do arroz, a não ser pela falta de chuvas, que atrapalhou o bom andamento da irrigação em alguns locais e a radiação abaixo na média nas regiões Fronteira Oeste, Campanha e Central.

O estágio reprodutivo, principalmente da diferenciação da panícula até o enchimento de grãos, é um momento crítico da cultura do arroz, onde as exigências por radiação solar e temperatura são fundamentais. Considerando a área total semeada nesta safra, 50% das lavouras ingressaram no período reprodutivo na segunda quinzena de janeiro, mas a maioria das lavouras entraram neste estágio durante a primeira quinzena de fevereiro. Essa situação é diferente nas lavouras da Fronteira Oeste e Zona Sul, em função da evolução da semeadura, durante a segunda quinzena de janeiro entre 70% e 80% das lavouras estavam em estágio reprodutivo.

De acordo com os levantamentos realizados pelos técnicos do IRGA, nesta safra foi obtida a maior produtividade totalizando 7.949 Kg/ha. Os dados coletados demonstram que a produtividade obtida em todas as épocas de semeadura foi superior à média das últimas quatro safras.

Destaca-se, porém, a produtividade média obtida nesta safra das lavouras semeadas no mês de novembro que foi 900 Kg/ha superior as anteriores, provavelmente devido às ótimas condições de radiação solar ocorridas nos meses de fevereiro e março de 2018. A evolução da produtividade mostra que a Fronteira Oeste e a Zona Sul lideraram o ranking com as maiores produtividades do estado, seguidas da Campanha e região Central, estas com produtividade muito próximas da média do estado.

As menores produtividades ficaram com as Planícies Costeira Interna e Externa, respectivamente. A área semeada foi 1.077.959 hectares, sendo perdidas ou abandonadas por ocorrência de granizo, problemas de irrigação e outros fatores, um total de 11.850 hectares. A colheita foi efetivamente efetuada em 1.066.109 hectares, que resultaram em uma produção total de 8.474.392 toneladas.

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