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Público: Mesmo com chuva, público compareceu ao campo experimental do Irga

Sistema RS14, do Irga, elevará produtividade de arroz pela inovação

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) lançou, em seu Dia de Campo, em 30 de janeiro de 2025, o Sistema Arroz RS14, projeto que nasceu da necessidade de melhorar o sistema de produção do cereal e de avançar em práticas de manejos sustentáveis e de conservação do solo.

O sistema surgiu a partir do avanço da rotação de cultura com soja, que apresenta incremento importante na produtividade do arroz gaúcho, ladas na volta do cereal ao campo de produção. No entanto, as áreas estavam sem culturas de cobertura durante o inverno. A partir de vários trabalhos de pesquisa, somadas ao conhecimento das equipes técnicas da autarquia, começaram a ser criadas áreas produtivas com manejo onde o arroz é a principal cultura, mas que se beneficia de todo o sistema de produção onde se inclui, além do arroz, soja, milho e pecuária em rotação, e em sucessão com as culturas de inverno.

Culturas de cobertura, como o trevo-persa, apresentam-se nessa proposta de manejo. Onde foi verificado que é possível ter uma grande lavoura de arroz, inclusive atingindo tetos de produtividade, bem próximos as 14 toneladas por hectare. Dessa forma, surgiu a proposta do Sistema Arroz RS14, de resiliência e sustentabilidade.

Segundo o gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), Luiz Fernando Siqueira, quando o produtor adota o sistema, a lavoura passa a ter uma produtividade mais uniforme, sofrendo menos com picos de alta e baixa produção. “A lavoura se mantém mais estável”, defende, destacando que esse sistema já vem sendo trabalhado ao longo dos anos.

O Sistema Arroz RS14 vem mostrando resultados satisfatórios. No município de São Pedro do Sul, um produtor está indo para a nona safra adaptada ao sistema. A área de plantio foi dividida em duas: uma para arroz, outra de soja, em sistema de “pingue-pongue”, com cobertura no inverno. “Passamos a manejar o sistema, mais conservacionista, e a área a ter desempenho muito acima da média do Estado”, comemora Siqueira, explicando que o novo sistema representa uma transformação nas áreas de terras baixas, também chamadas de várzea.

As ferramentas do RS14 permitem produzir mais, de forma mais sustentável, além de tornar a área mais resiliente a eventos climáticos extremos, como estiagens longas ou precipitações severas. A proposta permite ainda que lavouras sejam menos afetadas em períodos em que há redução da luminosidade, como no ano passado. “As áreas que produziam neste sistema sofreram menos com oscilações do clima”, diz Siqueira, pois o modelo apresenta melhorias na fertilidade e qualidade do solo, exigindo menos manutenção por parte do produtor, além de apresentar melhorias ao meio ambiente e redução da emissão de gases de efeito estufa.

Fique de olho
A proposta traz avanços na produção, assim como o Projeto 10 trouxe para a cadeia produtiva. “O Projeto 10 foi inovador, trouxe melhorias para o manejo associado a uma nova tecnologia de controle do arroz vermelho, possibilitando aumentar a produção”, avalia Luiz Fernando Siqueira, gerente da Dater/Irga. A expectativa é que com o novo modelo de produção o Rio Grande do Sul se consolide com as maiores produtividades do país. “É um projeto complexo que demanda muito de todas as equipes de pesquisa e extensão do Irga, acreditamos que será possível dar um importante salto de qualidade na lavoura. Estamos otimistas quanto aos resultados”, ressalta Siqueira.

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