Com recorde de produtividade, RS encerra safra de arroz 2020/21
(Por Planeta Arroz – Colaborou Sérgio Pereira, Irga) O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgou na manhã desta quarta-feira, 09 de junho, os resultados finais da safra de arroz 2020/21 no Rio Grande do Sul. Os números ratificam a previsão de uma grande safra no Estado, que chegou a 8,52 milhões de toneladas de arroz em base casca e o recorde de rendimento por área, em 9.010 quilos por hectare.
Para o diretor comercial e industrial do Irga, João Batista Camargo Gomes, o resultado da safra demonstra a eficiência da orizicultura gaúcha, da tecnologia empregada, do profissionalismo dos produtores, colaboradores e técnicos envolvidos, da genética e da transferência de tecnologias proporcionadas pelas equipes do Irga – entre outras entidades e instituições – e, de forma especial, o impacto da rotação de culturas com a soja. Gomes ainda credita o bom resultado ao clima favorável depois da emergência das plantas e à semeadura na época mais adequada. “Mas, não adianta o clima ser bom se o produtor não adotar a melhor tecnologia, fizer o melhor manejo nas épocas corretas”, lembrou.
Segundo o dirigente, o ótimo resultado de safra, que não é recorde em produção, pois o RS já colheu mais plantando área maior, já foi absorvido anteriormente pelo mercado do arroz. “Estamos vivendo um momento de cotações em queda e buscando um cenário mais claro para a estabilização, mas o anúncio final da safra não impacta no sentido dos preços porque esta leitura o mercado já fez lá atrás, ao perceber os números positivos”, observou.
O Instituto Rio Grandense do Arroz divulgou o levantamento dos dados da safra 2020/2021. Como já era esperado, o destaque ficou por conta da produtividade média no RS, que bateu recorde: 9.010 quilos por hectare. A maior produtividade, até então, foi registrada na safra 2019/2020, com 8.400 kg/ha.
Analisando os dados das seis regiões arrozeiras, a Fronteira Oeste apresentou a maior produtividade, com 9.705 Kg/ha. A Zona Sul também teve um desempenho acima da média gaúcha, com 9.325 kg/ha.
O levantamento do Irga é elaborado pelos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) a partir de informações fornecidas pelos produtores gaúchos e tabuladas pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da autarquia.
No Estado, foram colhidas 8.523.429 toneladas, a quarta maior produção da história. As três maiores, no entanto, foram sobre áreas acima de 1,1 milhão de hectares enquanto a safra deste ano foi colhida em 945.971 ha (número atualizado).
CULTIVARES IRGA
As altas produtividades obtidas na safra 2020/2021 são resultados da adoção de manejos recomendados por pesquisa e extensão, tais como: preparo antecipado do solo, utilização de sementes certificadas, semeadura na época preferencial, irrigação estabelecida até o estádio V3-V4, manejo precoce de plantas daninhas, rotação de culturas (principalmente com soja), implantação de coberturas de inverno em sistemas integrados de produção agropecuária (destaque para o azevém e trevo persa), entre outras práticas agronômicas.
Além disso, também merece destaque a genética Irga, principalmente o uso da cultivar IRGA 424 RI, que apresenta estabilidade e alto potencial produtivo e foi semeada em mais de 50% das lavouras de arroz do RS, contribuindo diretamente para altas produtividades.
Dos 945.971 ha colhidos nesta safra no RS, em 612.787 ha foram usadas as cultivares desenvolvidas pelo Irga, o que representa 64,78% de todas as cultivares semeadas. A mais utilizada pelos produtores foi a IRGA 424 RI, com 51,46% de representatividade (equivalente a 476.770 ha semeados). Em segundo lugar aparece a IRGA 431 CL, com 11,52% (108.926,00 ha).
SOJA
Em relação à soja em rotação com o arroz, a área total semeada no Estado foi de 366.409 ha. A cultivar TEC IRGA 6070 RR foi um dos destaques, ocupando o terceiro lugar na lavoura gaúcha e responsável por 36.248 ha (9,89%). Já a BS IRGA 1642 IPRO foi usada em 12.205 hectare semeados no RS (3,33%).
2 Comentários
Querem ganhar dinheiro com o arroz??? Plantem 800.000 hectares! Sempre falei isso. Certeza só com redução geral de area em 20%… Mas não. O que q o pessoal faz após um ano de preços bons? Aumentam a área! Então não reclamem se os preços despencarem! Apesar que eu sigo não concordando com os numeros apresentados. Só Itaqui plantou 10.000 hectares a menos do que se dizia! Sinto a indústria desde agora especulando com o arroz uruguaio e paraguaio! Em setembro ou outubro queria vir nesse espaço e pedir desculpas, mas não é esse o meu sentimento agora! Ano que vem vai cair a área novamente! Se começarem as importações em breve teremos subsidios e numeros ajustados! Engraçado esse remendo no final da matéria. Ora daonde que esses numeros e projeções não interferem no mercado! O produtor assustado inunda o mercado de arroz e os preços despencam! Mais adiante os preços dão uma reagida e pronto! Mordem a isca! Mente quem diz que o consumo interno está caindo! Isso não existe! Mente quem diz que o dolar tá baixo e está ruim para exportar! O arroz vietnamita não chegaria aqui em Rio Grande por menos de U$ 485. Uruguai, Argentina e Paraguai juntos não conseguem abastecer o Brasil por um mês de consumo! Durante a colheita foram descascados e vendidos para o país a fora cerca de 4 milhoes de toneladas! Foi exportado uma quantia considerável de produto quando o dólar chegou a R$ 4,80… Então meus amigos arrozeiros! Não torrem seu arroz! Calma! Paciência! E mais soja! Ficou provado mais uma vez que a industria não é parceira!
Correção dolar R$ 5,80 e não R$ 4,80 como mencionei!