Safra de arroz continuará em queda em Mato Grosso

A cultura este ano teve uma das maiores reduções e manterá baixa no próximo período Levantamento da CONAB aponta para a produção de 634,4 mil/t.

O terceiro levantamento de SAFRA da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) mostra uma redução de 16,7% na área plantada de arroz em Mato Grosso, o que deve resultar em uma queda de 13,6% na produção do cereal. Pelos cálculos do órgão, a SAFRA de arroz vai sair de uma área de 280,3 mil hectares para 233,4 mil hectares. E a produção, consequentemente, será de 634,4 mil toneladas, em vez das 734,4 mil toneladas da SAFRA passada. Porém, a expectativa dos produtores é ainda mais pessimista. Para o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio
Galvan, uma das regiões produtoras, a redução na área deve alcançar de 20% a 25%. E isso vai acontecer após o Estado ter tido uma das menores SAFRAS de sua história, que foi a passada.

De acordo com Galvan, o cenário para o arroz em Mato Grosso não é dos mais animadores. Ele frisa que a queda no preço do grão, provocada principalmente pela entrada no mercado do arroz do Rio Grande do Sul, e aliada ainda à grande alta nos insumos, desanimou o produtor local. Os agricultores estão preferindo plantar soja ou milho, que estão com preço melhor. Galvan destaca, que na SAFRA passada além da área plantada ter sido menor que a anterior, ainda houve problema climático, o que prejudicou a produção.

Tentando não ser de todo pessimista, o representante sindical argumenta que se na próxima SAFRA o clima for favorável, mesmo com a área menor Mato Grosso ainda pode alcançar a mesma produção da SAFRA passada. Até há poucos meses a previsão era que a área plantada de arroz no Estado aumentasse. Contudo, quando ia começar o período mais forte de plantio, que ocorre agora, a saca de 60 quilos do cereal que estava sendo vendida de R$ 30 a R$ 32 caiu para R$ 25 a R$ 26. Por isso, quem ia plantar, conforme Galvan, está mudando de idéia.

Ele cita também como agravante a dificuldade de acesso ao crédito para a cultura.

– Basicamente só o Banco do Brasil financia o plantio de
arroz e não há no setor, como acontece com a soja, possibilidade de negociar com as tradings, que são as maiores financiadoras do plantio do grão -.

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