Safra de arroz deve ser recorde na bacia do Açude Orós

Deverão ser colhidas até o final do ano 12 mil toneladas de arroz em casca. Há um mês que os produtores começaram o plantio de verão, que se estende até setembro.

A safra de arroz irrigado na bacia do Açude Orós, no Ceará, deverá ser uma das maiores dos últimos cinco anos. Somente no município de Iguatu, estima-se que a área de plantio será de dois mil hectares.

Deverão ser colhidas até o final do ano 12 mil toneladas de arroz em casca. Há um mês que os produtores começaram o plantio de verão, que se estende até setembro. O ciclo da cultura é de 120 dias.

A sistemática de plantio é simples e antiga. Lembra a agricultura praticada no antigo Egito, às margens do Rio Nilo. À medida que a água do açude vai baixando por evaporação e liberação, as terras descobertas, ricas em materiais orgânicos, vão ser ocupadas por sementes que germinam com facilidade. A irrigação é feita utilizando bombas a óleo diesel e por tubos que se espalham da água às áreas de cultivo.

As sementes selecionadas mais utilizadas são a Diamante, Cika-8 e Formosa. Essas variedades foram introduzidas na região de acordo com pesquisa que mostrou serem resistentes a doenças e apresentarem melhor produtividade, que em média é de 6.000 kg por hectare.

De acordo com o cálculo do Centro de Atendimento ao Cliente (CEAC) da Ematerce, em Iguatu, o plantio na bacia do Açude Orós, em terras do município de Iguatu, envolve pelo menos 400 produtores e centenas de trabalhadores rurais. Na lavoura, o clima é de animação e de duro trabalho que deve perdurar nos próximos cinco meses.

Um dos maiores produtores da região é Aldenízio Amorim, que cultivou 100 hectares. Os produtores reclamam da queda do preço do produto. Há três meses, a saca de 60 kg do arroz em casca custava R$ 50,00. Hoje caiu para R$ 35,00. “O preço caiu para o produtor, mas permaneceu o mesmo para o consumidor nos supermercados e mercearias”, observa o agricultor, Francisco Ferreira Tadeu.

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