Safra de arroz do RS já está praticamente semeada

Algumas regiões como Fronteira Oeste e Sul, já finalizaram o plantio.

A safra de arroz no Rio Grande do Sul já está quase toda semeada, segundo levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). Algumas regiões, como a Fronteira Oeste e a Zona Sul, já finalizaram o plantio. Em relação à safra anterior, a semeadura de arroz no Estado está adiantada este ano. O plantio chegou a 1,1 milhão de hectares, o que significa 98,9% da expectativa inicial.

– Estamos com 98,9% da área semeada no Estado, isso um pouco antes do final de novembro. Este é o nosso melhor desempenho em termos de semeadura no Estado. Como este é o principal item de produção, que é semear na época certa, nós estamos com o melhor desempenho na história da lavoura de arroz em termos de época de semeadura – afirma o diretor-técnico do Irga, Valmir Menezes.

Mas, para garantir uma boa produtividade, é preciso estar atento a outras questões de manejo:

– Este é apenas um dos itens do processo. Precisamos controlar as invasoras na época certa, precisamos colocar o adubo na época certa, precisamos colocar a água na época certa.

No ano passado, o clima não favoreceu os produtores de arroz. Já este ano, o La Niña deve favorecer as lavouras, mesmo com a boa expectativa. O produtor João Paulo Knackfuss, de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, está preocupado com as fortes precipitações dos últimos dias. As chuvas estão atrasando o manejo na lavoura:

– Num primeiro momento, houve dificuldade pela falta de umidade para germinação da semente. Após este episódio forte de chuva, o manejo pós-nascimento é que foi prejudicado, ou seja, a aplicação de herbicida e fertilizante nitrogenado. Está se tornando difícil de fazer agora, de forma terrestre, tem que utilizar aviação e com isso aumentar os custos. Para poder entrar e fazer a aplicação de uréia e herbicida de forma mais econômica, é necessário trator e, para o trator poder entrar, a área tem que estar seca. Então a chuva que houve, em praticamente em três dias a média do mês, acumulou água e com isso as máquinas não podem entrar na lavoura.

Já na fronteira oeste do Estado, no mês de novembro, choveu apenas 50 milimetros, 30% da média mensal. São os efeitos do fenômeno La Nina, que só não são piores porque antes do plantio as barragens estavam com toda a capacidade.

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