Safra sem fim

Todos sabem quem vai pagar essa conta!
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A safra de arroz 2014/15 no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina é mais uma daquelas que entra no rol das safras sem fim. Isso porque o rizicultor passará alguns anos tentando pagar os seus custos, prorrogações, juros sobre juros e renegociações de crédito, embora todo ou quase todo o produto que colheu já tenha sido comercializado.

Claro que a venda integral do arroz não foi realizada pela totalidade dos produtores, mas a crise e o aumento de custos atingiram a todos por igual. Uns, mais capitalizados e com alternativas como soja e gado para comercializar, tiveram mais fôlego para suportar o primeiro semestre.

Outros, arrendatários, sem outras alternativas de comercialização e com crédito direto da indústria ou das empresas de insumos, se viram às voltas com os vencimentos e a necessidade de vender imediatamente após a colheita.

Está exposta a fragilidade do sistema de crédito da cadeia produtiva do arroz e a expectativa de todos, agora, é para ver como se comportarão o governo, os agentes de crédito e a própria cadeia produtiva. Todo mundo é capaz de afirmar que é preciso reinventar este sistema. Mas, todos sabem também quem vai pagar essa conta.

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