Seagro discute novas técnicas para secagem e armazenamento de arroz

Arroz mal armazenado pode contrair fungos, causadores do beribéri.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seagro), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária Estadual (Visa), realizou nos dias 18 e 19 de agosto, em São Luís, uma reunião técnica para discutir as novas formas de secagem e armazenamento de arroz, com vista à prevenção e combate à síndrome do beribéri.

A oficina de trabalho reuniu gestores e técnicos do Sistema Estadual de Agricultura, principalmente, da capital e das 4 regionais (Imperatriz, Açailândia, Barra do Corda e Santa Inês), que foram atingidas pelo aparecimento de fungos no arroz – causando a morte de 32 pessoas-, além de representantes da Secretaria Estadual de Saúde, por intermédio da Vigilância Sanitária, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

De acordo com o consultor do Departamento de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Viçosa/MG, o professor Adílio Flauzino de Lacerda Filho, o objetivo do evento foi orientar os técnicos sobre o problema do armazenamento de arroz, que está sendo feito sem informações técnicas e estrutura de armazenagem, além de possibilitar aos técnicos acesso às informações necessárias para a realização de diagnósticos e construção de silos, no sentido de ajudar os produtores da agricultura familiar na conservação não somente do arroz, mas também de outros cereais e grãos.

Para o secretário adjunto de apoio institucional da Seagro, Cristóvão Fernão Ferreira, esta é a segunda reunião técnica de trabalho, que conta novamente com a parceria da Universidade Federal de Viçosa/MG. A discussão é a continuidade de várias ações que vêm sendo tomadas pelo governo do estado no combate ao beribéri.

– Nós estamos construindo, juntamente com a pesquisa e a extensão, uma busca de alternativas novas, que serão apresentadas ao produtor rural da agricultura familiar, no sentido de resolver o problema do armazenamento e conservação de cereais, e, principalmente, do arroz, tornando esses produtos mais protegidos de fungos, insetos e roedores, erradicando qualquer possibilidade de reincidência do beribéri em nosso Estado – afirmou Cristóvão.

Outras Ações – A Seagro, juntamente com a Vigilância Sanitária Estadual (Visa), realizou a troca do arroz contaminado por arroz beneficiado e ensacado, junto aos produtores e usineiros, com o intuito de evitar o surgimento de novos casos da doença. O arroz beneficiado foi fornecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( Mapa), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o objetivo de evitar maiores perdas aos produtores.

A Seagro, além de recolher o arroz contaminado, também vem realizando, em parceria com a Conab, cursos de capacitação para técnicos e produtores, como por exemplo, o de Imperatriz, no mês de junho deste ano, que abordou o processo de secagem e armazenamento de grãos, para 21 técnicos da Seagro e da Visa. A previsão é de realização de mais 16 cursos nas quatro regionais, nos meses de agosto e setembro. Sendo quatro em cada regional, com prioridade para as questões de “Boas Práticas de Armazenamento e Secagem de Grãos”.

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